A partir desta quinta-feira, Braga recebe o Semibreve. A 15ª edição do festival de música eletrónica e arte digital acontece em diversos pontos da cidade, entre eles, como habitual, o Theatro Circo e o gnration. Considerado um dos mais importantes do género na Europa, o programa conta com workshops, encomendas artísticas, instalações e espetáculos. 

Cabe ao compositor ucraniano Oleh Shpudeiko, conhecido como Heinali, em parceria com a cantora Andriana-Yaroslava Saienko, abrir a programação musical do festival, pelas 21h30, na Basílica dos Congregados. Antes, a programação arranca com a inauguração de uma instalação voltada para as escolas, no gnration, enquanto a zet gallery apresenta dois documentários. Nos outros dias, a programação espalha-se para o Theatro Circo, o Conservatório Calouste Gulbenkian, a Casa Rolão, o Museu Nogueira da Silva, a Capela Imaculada do Seminário Menor e o Salão da Reitoria da UMinho.

Aos microfones da RUM, o diretor artístico da iniciativa, Pedro Santos, explica que os locais por onde passa o festival “acabam por expressar a cidade e a maneira como a música é mostrada”. “Um concerto que existe num local, não quer dizer que não possa acontecer noutro”, ressalta.

Na 15.ª edição do festival, regressa o Prémio EDIGMA Semibreve, cujo vencedor, Jesus Batista vai ter a obra ‘8.33, Perception of the Invisible’ em exposição entre sexta-feira e domingo, no Theatro Circo. Pedro Santos sublinha que o artista espanhol “a viver em França” desdobra-se sobre a “perceção daquilo que não conhecemos, que não é tangível, de uma certa invisibilidade que pode ser tanto de partículas cósmicas ou até algo muito mais percetível como a própria relação com a religião”.

Acredita que o Semibreve forma um equilíbrio, como um “puzzle” entre nomes emergentes e artistas consagrados. Entre os destaques, uma performance no domingo que junta Actress (Darren J Cunningham) e Suzanne Ciani. O projeto britânico 'emptyset', de James Ginzburg e Paul Purgas, regressa a Braga, no sábado, para apresentar o álbum ‘Dissever’, que foi estreado ao vivo no museu Tate Modern, em Londres.

A programação inclui ainda, entre outros, o músico português Rafael Toral, que apresenta a obra ‘Travelling Light’, também no Theatro Circo, que teve estreia mundial no Festival Internacional de Música de Veneza, em março, e foi desenvolvido a par do disco 'Spectral Evolution', de 2024.

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