A edição de 2025 do Festival Authentica foi cancelada pela produtora Malpevent que alega falta de apoio de patrocinadores e uma procura menor do que seria expectável.  À RUM, o diretor-geral, Marco Polónio, admite que o festival pode até estar de saída de Braga.

Marco Polónio pretende rever a organização do festival e admite que possa realizar-se entre maio e agosto de 2026. Nas últimas três edições decorreu sempre no Forum Braga e trouxe à cidade vários nomes conhecidos, como Rag’n’Bone Man, Luísa Sonza, James Bay, Dino D’Santiago e Jason Derulo.

Braga e a região Norte, ressalta, “gosta muito e que recebe bem a cultura, a música principalmente” e“desde a primeira edição” o foco passa sempre por apresentar um cartaz com artistas “de renome internacional e que fossem bem conhecidos”.

À RUM, o diretor geral da Malpevent revela que a iniciativa custa “perto de 1,5 milhões de euros, dois milhões, todos os anos em termos de despesa direta para a sua realização”, custo que não consegue ser suportado apenas com a venda de bilhetes sendo necessários patrocinadores "de peso", o que não tem acontecido por alegada falta de interesse. Refere que não fazia mais sentido “remar contra a maré”, o que obrigou ao "adiamento", como prefere dizer o responsável, considerando agora o objetivo de “mudar para o conceito tradicional do festival, ao ar livre”. “Havia uma necessidade de tentarmos ir buscar algumas marcas que parecem ter algum tipo de dúvidas em eventos indoor”.

Marco Apolónio reconhece ainda que o adiamento “não foi uma decisão fácil” até porque o artista principal desta edição já estaria “mais ou menos alinhavado”. Para 2026, o produtor confirma a realização do Festival, “entre maio e agosto, durante três dias, com capacidade para 30 mil pessoas e artistas com investimento maior”, mas não garante que tal aconteça em Braga, onde gostariam “muito de conseguir continuar”.

Edição de setembro da Noite Branca sem palco Authentica

O Festival surgiu em 2022, após ter sido cancelado em 2021, por força da pandemia. Desde então a marca juntou-se à Noite Branca, com palco em nome próprio, mas na edição de setembro não será assim. Marco Polónio aponta ainda que a iniciativa se realizou durante os últimos três anos “com um crescente em termos de cartaz”.