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Liliana Oliveira

Cultura 25.02.2025 10H32

Famalicão recorda 'Verão Quente de 1975' com exposição e conferência

Escrito por Liliana Oliveira
Iniciativas da Casa da Memória Viva decorrem em abril.
Declarações de Carlos Sousa, da direção da Casa da Memória de Famalicão

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50 anos depois, o Verão Quente de 1975 é recordado, em Famalicão, com uma exposição fotográfica e uma conferência. Considerado um dos momentos mais difíceis do processo de implantação da Democracia em Portugal, na altura milhares de famalicenses saíram à rua para expressar a sua recusa pelas opções do Governo de então para o País. A Casa da Memória Viva recupera, agora, esse momento, com duas iniciativas.


Carlos Sousa, da direção da associação cívica famalicense, explica que o objetivo é “avivar a memória coletiva, homenagear quem em 1975 saiu à rua com o risco da própria vida, para sinalizar a importância cívica do momento, e relançar o debate em torno do futuro do território”.


“Metade dos famalicenses que hoje vivem no concelho não sabem o que foi 75. Há aqui um esforço pedagógico de nos aproximarmos e darmos a conhecer o que foi a maior movimentação cívica ocorrida em Famalicão, depois do 25 de Abril, em torno de um propósito, a implantação da democracia”, acrescentou o responsável.

Para o diretor, “era importante convocar os jovens para que acrescentem o que pensam, o que querem, o que ambicionam, para a sua terra e para a sua vida”.


A exposição fotográfica “Agosto de 1975 - Famalicão no mapa da Revolução” estará patente no Museu Bernardino Machado, entre 4 de abril e 4 de maio. São 50 fotos inéditas, do fotojornalista António Pereira de Sousa, que esteve em reportagem em Famalicão nos primeiros dias de agosto de 1975. “A fotografia tem alto valor historiográfico. É um acervo de altíssimo valor. Vão ver Famalicão que já não existe, árvores que já não existem, pessoas que já não existem, mas vão ver, sobretudo, uma movimentação, uma mobilização de cidadãos em torno de um propósito, uma ideia para um país, a luta pela democracia e a sensação de que tudo, no final, valeu a pena”, apontou o diretor.


A 26 de abril decorre a conferência “Famalicão Cidade Aberta”, que contará, entre outros, com o contributo do professor da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, João Cerejeira. 

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