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Vanessa Batista

Academia 11.04.2024 09H07

Envelhecimento do corpo docente é a grande preocupação do presidente da EPsi

Escrito por Vanessa Batista
Existem 2,9 docentes para cada um dos 10 curso, isto sem contar as pós-graduações. A Escola de Psicologia da UMinho completou 15 anos de existência esta quarta-feira.

O envelhecimento do corpo docente é a grande preocupação do presidente da Escola de Psicologia da Universidade do Minho (EPsi). Um "drama" que não é exclusivo da instituição minhota, porém com a reformulação da oferta educativa da unidade orgânica, que passou de um mestrado integrado, dois mestrados e dois doutoramentos para uma licenciatura, sete mestrados e um doutoramento com diversas especialidades, o que significa, de acordo com o presidente Miguel Gonçalves, que existem 2,9 docentes para cada um dos 10 curso, isto sem contar com os cursos não conferentes de grau incluídos na Aliança de Pós-Graduações.


"Precisamos de mais recursos", começa por afirmar aos jornalistas o presidente da EPsi. "Julgo que o reitor está sensível e, portanto, eu compreendo que a Universidade do Minho não vive em abundância, mas nós temos uma carência muito grande de recursos humanos. Nós somos muito poucos para a quantidade de atividades e de cursos que oferecemos", sustenta.


Em declarações à RUM, o vice-reitor da UMinho, Eugénio Campos Ferreira garante que serão realizadas contratações, nomeadamente, através do FCT Tenure. O também responsável pelas pastas da Investigação e Inovação está certo que o Centro de Investigação em Psicologia (CIPsi) conseguirá manter a avaliação de excelente na nova avaliação que está em curso.


No campo da investigação, Miguel Gonçalves alerta para a necessidade de um maior apoio da UMinho, de modo a diminuir a dependência da FCT para conseguir financiamento para projetos. O vice-reitor diz estar atento a esta necessidade principalmente por parte das unidades orgânicas mais pequenas.


A resposta pode passar pelo robustecimento da Unidade de Serviços de Apoio a Projetos de Investigação que o responsável confessa ser de pequena dimensão. "Necessitaríamos, certamente, de aumentar a dimensão desse grupo para auxílio aos vários centros de investigação na preparação de candidaturas desejavelmente bem-sucedidas a projetos europeus", refere.


Uma maior aposta na psicologia social contemporânea, de modo a contribuir para compreender os novos fenómenos sociais como o populismo, por exemplo, através da inteligência artificial, mas também intensificar a atenção à saúde mental dos estudantes universitários, são alguns dos caminhos de futuro que o presidente Miguel Gonçalves, prestes a completar cinco anos no comando da EPsi, espera sejam explorados.


A cerimónia ficou marcada pela homenagem através da atribuição, pela primeira vez, do Prémio Jorge Santos. 

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