Da música tradicional à contemporânea, passando pela comédia e apresentações itinerantes. O Festival Guimarães Entrepalcos regressa a 28 de setembro com quatro palcos que apresentam artistas nacionais e locais, com programação desde às 9h30 até de madrugada. O cartaz completo do evento foi apresentado esta terça-feira.

O presidente da Associação Vimaranense de Hotelaria (AVH), José Diogo Silva destaca que houve a preocupação de não colocar espetáculos com “grande concentração de público num único lugar”. Os palcos também foram reorganizados para “agregar, não só as pessoas que vão passando pelo centro da cidade, mas convidar também todos aqueles que são de Guimarães e permitir uma programação mais familiar”.

As propostas arrancam às 9h30, com a uma exposição de viaturas da Cruz Vermelha, no ‘Palco Instituição’, no Largo Cónego José Maria Gomes. No Largo Condessa do Juncal, a música tradicional ganha espaço no ‘Palco Tradições’, que no ano passado tinha sido na Alameda, com espetáculo a partir das 16h00. As apresentações dos comediantes ganham palco no Largo de Danões, com o destaque para a presença de Francisco Meneses, às 22h00.

O ‘Largo da Misericórdia’ recebe as apresentações principais, como o espetáculo de Tiago Nacarato, bandas e djs sets, “com música dos anos 80 e 90”. Ainda há o ‘100Palco’, um movimento itinerante que vai passar pela Praça de S. Tiago, Praça da Oliveira e pela Associação Convívio. A Porta da Vila recebe “um photo wall, para quem entrar no centro histórico sentir o que existe ‘entre palcos’”.

“O ‘Entrepalcos’ vem da vontade de Guimarães ser uma cidade de vanguarda”

Para o vereador com o pelouro da cultura de Guimarães, Paulo Lopes Silva, a programação foi pensada de modo a manter o que funcionou na primeira edição e alterar o que correu menos bem. “O espaço para a música eletrónica, por exemplo, foi reduzido para ser alocado no palco principal”, refere. O responsável aponta que o festival “serve como uma rentrée do novo ciclo de programação de outono/inverno de Guimarães”.

O concelho, ressalta, teve sempre o intuito de posicionar-se como “uma cidade de vanguarda, que faz diferente e da criação contemporânea”. Para o vereador, o Entrepalcos procura nas “diferentes raízes”, desde a música tradicional até à popular, “criar um evento que vá ao encontro dos diferentes públicos”.

Para esta segunda edição, A Oficina passa a fazer parte da produção e do apoio logístico ao evento, adianta o diretor executivo, Hugo Tavares. “No passado sentimos que terá faltado qualquer coisa e nós mostramos a nossa disposição para ajudarmos e para estarmos perto do que se faz na cultura na cidade”.

Outra preocupação do festival, garante José Diogo Silva, passa por “gerar uma maior rentabilidade para os negócios dos associados” da Associação Vimaranense de Hotelaria e utilizar esse fim de semana, fora da temporada alta, para “convidar as pessoas a vir ao concelho, para que Guimarães não seja uma cidade tão sazonal como já foi”, conclui.

A programação completa pode ser consultada no site oficial.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Vanessa Batista