O Campeonato Europeu Feminino de Lacrosse vai decorrer, entre os dias 10 e 20 de julho, em Braga. Esta é a primeira vez que a seleção portuguesa participa nesta competição europeia. A cidade pisca assim o olho aos clubes do concelho para que apostem na modalidade que voltará a integrar o programa dos Jogos Olímpicos na edição de 2028, em Los Angeles.

Pela cidade dos arcebispos vão passar 19 nações europeias e cerca de 500 atletas que irão competir no Estádio 1º de Maio, Campo da Ponte e no Complexo Desportivo das Camélias. Quanto aos treinos terão lugar nos campos da Rodovia.

Durante a apresentação do torneio, esta terça-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o managing partner do O-Sports, Pedro Machado, disse acreditar que poderão passar por Braga mais de mil pessoas.

A vereadora com o pelouro do desporto no Município de Braga, Sameiro Araújo, olha para o Lacrosse como uma forma de diversificar o Plano Estratégico do setor, deixando ainda o desafio para que clubes da região invistam nesta modalidade ainda com pouca expressão em Portugal.

"Este evento ao acontecer em Braga pode, eventualmente, lançar algo maior e mais estruturado para a nossa população. Caso algum clube queira avançar com esta modalidade, estamos aqui para os apoiar", declara.

A responsável fala numa "discriminação positiva", visto que apesar da cidade ser das que apresenta um maior número de praticantes continuar a existir uma diferença considerável entre sexos.

Em relação à seleção portuguesa, o selecionador Ken Lubert, natural do Canadá, sublinha a evolução positiva da equipa que no Eurolax Sixes Cup, no Algarve, ficou no 10º lugar, na Heritage Cup, na Pensilvânia, alcançou o 7º posto e, mais recentemente, no Lisboa Lacrosse Cup ficou entre os cinco primeiros num jogo em que a seleção das quinas deu a volta ao resultado depois de estar a perder por 4-0 no primeiro tempo.

Nesta primeira participação histórica no Campeonato Europeu Feminino de Lacrosse, a maioria das 22 atletas convocadas são descendentes de portugueses nos Estados Unidos da América e do Canadá. Devido à falta de jogadoras na modalidade com nacionalidade portuguesa, a seleção não poderá fazer parte do lote de 11 equipas qualificadas diretamente para o Campeonato do Mundo de 2026, em Hong-Kong.

"Nestes campeonatos as atletas têm de ter passaporte do país que representam ou serem descendentes, sendo que apenas 15% das jogadoras podem beneficiar deste critério. Como não tínhamos atletas suficientes foi feito um pedido especial para ter oito jogadoras, visto que somos uma nação emergente na modalidade. É uma desilusão, mas os nossos jogos não vão contar para a qualificação para o mundial. Apesar de tudo temos esperança numa boa prestação da equipa", explica o selecionador nacional.

Para Maria Barros, presidente da Associação Portugal Lacrosse e jogadora, ter um campeonato da modalidade em Portugal é um "marco histórico" e um passo importante no sentido de popularizar o desporto.

Para mais informações sobre como fazer parte de uma equipa/seleção de Lacrosse em Portugal basta carregar aqui.

​