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Nuno Osório, Comandante dos Bombeiros Sapadores de Braga
Elsa Moura

Regional 30.09.2024 10H59

Em Braga, "mão criminosa" fez arder 50 hectares no Monte das Caldas

Escrito por Elsa Moura
Nos dias 13 e 14 de setembro, o concelho de Braga foi afetado pelas chamas, com especial incidência na freguesia de Sequeira.
Declarações do Comandante dos Bombeiros Sapadores de Braga, Nuno Osório

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A época que mobiliza mais meios de combate aos incêndios rurais termina hoje e Braga ficou com uma área ardida de mais de 58 hectares, cinquenta dos quais no Monte das Caldas, na freguesia de Sequeira, fortemente afetada pelo fogo nos dias 13 e 14 de setembro . 


O incêndio de há duas semanas foi o mais grave registado no concelho. Começou numa sexta-feira à tarde e os bombeiros de Braga permaneceram no combate às chamas até ao dia seguinte. Pouco depois de abandonarem o local [meio-dia], cumprindo todas as normas em circunstâncias destas, voltaram a ser acionados deparando-se com três novos focos de incêndio distintos. Uma pessoa foi detida, mas as condições meteorológicas prejudicaram o combate e obrigaram os Bombeiros Sapadores de Braga a adoptar uma estratégia de defesa de pessoas e bens.


Duas semanas após aquele fim-de-semana difícil para as corporações de Braga, o Comandante dos Bombeiros Sapadores, Nuno Osório, afirma, em declarações à RUM, que foram "injustamente" criticados por alguns cidadãos, acusados de terem abandonado o local. Recorda que no sábado surgiu "um novo foco de incêndio, com chama direto", por volta das 16h23. "Ao meio-dia não havia nenhum foco de incêndio ativo, não havia temperatura, não havia pontos quentes, nada. Passado aproximadamente duas horas, arranca outra vez", esclarece. Uma imagem captada às 16h23 daquele sábado indica três focos de incêndio no Monte das Caldas, e o regresso dos bombeiros a Sequeira. Entre sexta-feira à tarde e sábado de manhã arderam cerca de 17 hectares. Mas na tarde do dia seguinte, apesar dos esforços dos bombeiros envolvidos, não foi possível evitar o alastrar das chamas que acabariam por fazer arder cerca de 50 hectares.


"Se estamos a defender casas, o incêndio arde livremente. Se temos cinco necessidades de resposta e só temos três equipamentos, temos de definir as prioridades. E, depois, como estavam as condições meteorológicos fez com que o incêndio levasse grande velocidade", esclareceu.


Segundo o Comandante dos Bombeiros Sapadores de Braga, uma pessoa foi detida assumindo às autoridades que provocou o incêndio porque "gosta de ver os bombeiros a trabalhar". Nuno Osório admite que se trata de "uma luta desigual, apesar da postura profissional de todos os agentes revestidos de autoridade".


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