Academia 05.07.2022 10H41
EEG tem 2 novos auditórios. Cantina da UMinho recebe grito de "revolta"
Inauguração do ´Auditório dst` e da obra artística criada por sete reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga e orientação do artista Ricardo Campos decorreu esta segunda-feira, no campus de Gualtar.
A Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (EEG) tem dois novos auditórios. Os espaços foram totalmente requalificados pela mão do dstgroup, no âmbito de um protocolo de cooperação entre as duas partes.
A inauguração do ´Auditório dst` decorreu esta segunda-feira, 4 de julho, à tarde. Na sessão marcou presença o reitor da UMinho, Rui Vieira de Castro, o presidente do dstgroup, José Teixeira, a presidente da EEG, Cláudia Simões, a diretora da UMinhoExec, Beatriz Casais, assim como antigos presidentes da unidade orgânica.
Na ótica do presidente do dstgroup, José Teixeira, os espaços estão mais "sofisticados". Foram instaladas novas cadeiras, sistema de som e um videowall que irá permitir mais conforto durante as aulas. Esta é a primeira sala do grupo numa universidade. "Termos o nosso naming no principal auditório da escola tem uma vantagem competitiva na atração de talento. É um processo biológico. De tanto verem a nossa marca, um dia podem acabar por escolher a mesma para laborar", declara.
Nos últimos cinco anos, a UMinhoExec ofereceu 59 programas executivos, 11 programas de formação executiva feita à medida das empresas, 51 Flash Training Courses, seminários e webinares. Em média, contabilizaram 1.000 formando por ano pelos diferentes modelos de formação, sendo que, por exemplo em 2021, acolheram 322 alunos em programas pagos. Ao longo do corrente ano letivo a UMinhoExec formou 261 estudantes.
Para a presidente da EEG, Cláudia Simões, esta requalificação dos dois auditórios da unidade orgânica vem trazer mais condições aos estudantes e docentes, visto que têm à sua disposição tecnologia mais atual, o que a responsável acredita irá ajudar a desenvolver a escola. "Temos as condições necessárias para projetar a nossa oferta educativa", afirma.
Até ao final do ano, a unidade orgânica vai avançar com três pós-graduações no âmbito do Aliança, são elas em: Marketing Digital e Business, E-commerce internacional e School of Ceo´s.
25 quadros superiores do dstgroup receberam diploma do curso de pós-graduação em Gestão.
Foram 25 os funcionários do dstgroup que receberam ontem, os diplomas do curso de pós-graduação em Gestão. Esta é já a quarta turma, entre a UMinho e a Porto Business School, aberta para qualificar os funcionários da empresa.
"Os engenheiros são os gestores da nossa empresa. Têm papel de gestão elevadíssimo, visto que quem faz obras não são economistas nem gestores, são mestres em engenharia, por isso é essencial dota-los destas capacidades", refere.
Durante a cerimónia, o reitor da instituição de ensino superior minhota, Rui Vieira de Castro, frisou que o futuro será cada vez mais focado na aprendizagem ao longo da vida. Desta forma, a colaboração entre a UMinho e o grupo empresarial constitui “um excelente exemplo” do que deverá ser o futuro da instituição.
Recorde-se que o dstgroup tem mais de uma dezena de trabalhadores a frequentar o mais recente curso de pós-graduação da Escola de Arquitetura, Arte e Design da UMinho em fachadas, uma área em que José Teixeira reconhece que existem falta de mão de obra qualificada. Em breve, o presidente do dstgroup pretende incentivar à abertura de cursos técnicos focados nas áreas das telecomunicações, mecatrónica, eletricidade e hidráulica.
Cantina do campus de Gualtar recebe grito de "Revolta".
Trata-se de uma obra artística que tem a sustentabilidade e integração social como valores. A ideia nasceu no âmbito de um prémio para a arte e sustentabilidade. Ricardo de Campos foi o artista desafiado pela zet gallery e em conjunto com escolas do concelho e sete reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga desenvolveram uma peça de 6,4 metros por 4,3 com mantas velhas utilizadas no estabelecimento.
"Revolta" acaba por ser, na visão do artista, uma lembrança de que "é muito mais o que não sabemos do que o que conhecemos", ou seja, uma revolta contra a ignorância. A inspiração para a peça surgiu das tatuagens, camisolas e textos dos próprios reclusos.
José Teixeira espera que esta obra seja um lembrete de que "o bem não leva à prisão". No total, o dstgroup tem 15 obras expostas em espaço público.