Isabel Estrada Carvalhais, que esta semana esteve no programa de grande entrevista da RUM 'Campus Verbal', lamenta que as eleições europeias continuem a ter uma atenção mediática abaixo de outros processos eleitorais, dada a importância do projeto Europeu para todos os países, em particular, Portugal.

A terminar o primeiro mandato enquanto eurodeputada do Partido Socialista, a docente da UMinho, que concorreu e deverá surgir novamente nas listas como independente no processo eleitoral de 9 de junho, fala num "erro contínuo de uma concentração maior de atenções naquilo que é o funcionamento das instituições, que é muito complexo", só quando se aproximam as eleições europeias. Até porque, considera a eurodeputada, "não se pode pretender que o cidadão, em dois meses passe a dominar todo o processo negocial e toda a dinâmica de funcionamento europeu".

Apologista de um esforço de todas as partes para uma informação mais detalhadas e contínua da vida diária das instituições europeias e do seu impacto na vida de todos, Isabel Estrada Carvalhais recusa a ideia de que as pessoas não se interessam, uma vez que os portugueses "são dos mais europeístas, dos que revelam maior confiança nas instituições europeias e dos que se sentem mais empoderados enquanto cidadãos pelo facto de Portugal estar presete na União Europeia". "O problema aqui é depois como é que isto se concretiza no ato do voto", refere.

Isabel Estrada Carvalhais pede que se fale mais do impacto e do trabalho dos eurodeputados no Parlamento Europeu e do que está em causa nestas eleições e menos nos problemas políticos internos.

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