“É socialmente injusto reduzir o valor das propinas”. É mais uma declaração do ministro da educação, ciência e inovação sobre um tema muito contestado pelo movimento estudantil. Ainda que Fernando Alexandre se escude no anúncio de um novo modelo de ação social, as académicas não compreendem nem aceitam o que classificam como um "retrocesso" depois de trilhado um caminho que tinha como finalidade a redução gradual do valor das propinas até à gratuitidade.

Fernando Alexandre regressou esta terça-feira à Figueira da Foz para uma aula na escola que frequentou do 7º ao 12º ano. O ministro foi questionado pelos jovens sobre vários temas, incluindo as propinas no ensino superior público. "O descongelamento ou atualização das propinas é socialmente justo, não tenhas dúvidas. O que estava a ser feito, a redução das propinas, é socialmente injusto. A minha ideia é que haja essa atualização. Eu só fiz o anúncio do descongelamento e atualização pela taxa de inflação quando anunciamos também que vamos ter um novo modelo de ação social", argumentou.

O descongelamento do valor das propinas está anunciado para o ano letivo 2026/2027. A visão é contestada pelo movimento estudantil e mesmo entre responsáveis de universidades públicas, incluindo a UMinho, não consideram que esta seja uma medida fundamental para tornar as instituições mais desafogadas financeiramente.