Desporto 03.07.2025 14H54
Diogo Jota. Dos relvados de Gondomar ao estrelato em Anfield
O internacional português em 49 ocasiões representou FC Paços de Ferreira, FC Porto, Wolverhampton e Liverpool.
A morte de Diogo Jota, na madrugada desta quinta-feira, colocou um abrupto ponto final na carreira do internacional português. O jogador, de 28 anos, foi vítima de um acidente de viação em Zamora, Espanha, enquanto viajava com André Silva, seu irmão e jogador do FC Penafiel. O percurso do atleta, natural de Gondomar, ficou marcado pelas passagens por clubes como o FC Porto, o Wolverhampton e o Liverpool.
Diogo Jota brilhou ao serviço da seleção nacional. O seu palmarés conta com duas Ligas das Nações, a segunda conquistada no último jogo que disputou. No total, foram 49 internacionalizações pela equipa A, com 14 golos. Representou, também, as camadas jovens de Portugal, fazendo outros 14 tentos.
Ao longo da sua carreira, completou o número redondo de 150 golos, distribuídos ao longo de 447 duelos disputados, com destaque para os cinco hat-tricks e as 18 vezes em que conseguiu o 'bis'. Destacou-se pela capacidade de desmarcação e pelos vários golos de cabeça sobre centrais de estatura superior ao avançado português.
O percurso de Diogo Jota não se assemelhou ao habitual caminho das ‘estrelas’ do futebol português. A sua formação seguiu paralela às academias dos ‘três grandes’. Começou nas camadas jovens do Gondomar, clube da sua cidade natal.
Foi, então, transferido para o Paços de Ferreira, vestindo a camisola dos castores por 47 ocasiões e celebrando 18 remates certeiros. Foi precisamente aqui que teve a sua estreia no futebol profissional, em outubro de 2014. Tinha apenas 17 anos e fez, também pela primeira vez, o ‘gosto ao pé’, frente ao Atlético Reguengos.
As boas exibições catapultaram a carreira de Diogo Jota. Partiu de Paços de Ferreira para Madrid para representar o Atlético, numa transferência acordada no valor de sete milhões de euros. Fez apenas a pré-época com os madrilenos, não chegando a fazer a estreia oficial pelo clube. Foi emprestado ao FC Porto em 2016/17 (38 jogos, nove golos e quatro assistências) e ao Wolverhampton na época seguinte (46 jogos, 18 golos e cinco assistências). Não mais voltou à capital espanhola. Na sua primeira temporada em Inglaterra, venceu o Championship.
Assinou, então, em definitivo pelos wolves, por 14 milhões de euros, o dobro do valor da sua transferência inicial para o Atlético de Madrid. A sua primeira passagem pelo futebol inglês durou mais dois anos. Nestes, participou em mais 85 partidas, contabilizando 36 contribuições diretas para golo. No total, ao serviço do Wolverhampton, esteve em 131 jogos, marcando por 44 ocasiões e assistindo os colegas noutras 15.
Em 2020, assinou por aquele que viria a ser o último clube da sua carreira: o Liverpool. Fez 182 jogos e marcou por 65 vezes. Venceu o único campeonato inglês da sua carreira este ano. Além disso, conquistou uma taça de Inglaterra e duas taças da liga inglesas. Quanto a prémios individuais, levou para casa o prémio de jogador do mês da Premier League, referente a janeiro de 2024.
O carinho dos adeptos, acompanhado de cânticos direcionados ao antigo internacional português, confirmou que, nos cinco anos em que representou os reds, Diogo Jota ‘never walked alone’.