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Elsa Moura

Regional 12.08.2020 11H10

Dia Internacional da Juventude: as preocupações das jotas de Braga

Escrito por Elsa Moura
Emprego e défice de camas no ensino superior entre as preocupações centrais dos jovens líderes das estruturas partidárias
As mensagens dos representantes das estruturas contactadas pela RUM

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Assinala-se a 12 de Agosto o Dia Internacional da Juventude. Num ano particular, as típicas iniciativas organizadas por estruturas partidárias e juvenis são praticamente inexistentes. A RUM desafiou os líderes das diferentes jotas a deixar uma mensagem aos jovens e aos governantes.


BE, JCP, JS, JSD e JP foram as estruturas ouvidas pela RUM. Das cinco estruturas, três são lideradas por rostos femininos e duas por rostos masculinos. As preocupações apresentadas por cada um não se distanciam.


Alojamento estudantil é uma das preocupações centrais da presidente da JP de Braga

Renata Faria, recentemente eleita presidente da Juventude Popular, promete continuar “atenta às questões da acção social escolar, em particular nas universidades”. O alojamento estudantil é um dos temas destacados pela jovem centrista numa altura em que se sabe que o número de camas para estudantes universitários será reduzido no próximo ano lectivo.

O emprego jovem, mais incentivos para as empresas que apostem nos jovens e mais apoios para os jovens que queiram avançar com os seus próprios negócios são outras das reivindicações da JP de Braga.


Líder da JS de Braga saúda mobilização da sua geração

Num ano diferente para toda a sociedade, o presidente da Juventude Socialista de Braga realça o “compromisso e resiliência” desta geração ao longo dos últimos meses. Na óptica de Diogo Cunha, esta geração está a batalhar “por uma nova acção climática e que se mobiliza diariamente por mais justiça social, pela emancipação e pelo direito à habitação”. 

A JS de Braga “apela aos líderes locais, nacionais e internacionais que sejam capazdes de promover um mundo em que qualquer jovem possa viver em segurança e com toda a dignidade”.


Acção social no ensino superior e habitação entre os principais desafios destacados pelo presidente da JSD

"A nossa juventude tem pela frente desafios sérios e complexos que impõe respostas céleres e efectivas por parte do poder político". Este é o primeiro aviso deixado por João Alcaide, presidente da JSD de Braga que refere ainda a problemática do défice de alojamento estudantil. 

“A JSD está preocupada com a redução de camas no próximo ano lectivo, um problema que afecta milhares de alunos”, diz. Alcaide avisa que a medida anunciada pela tutela, de camas nas pousadas e hosteis “é uma solução instável que não resolve o problema”.


O emprego é para o presidente da JSD de Braga outra das preocupações, daí que considere “absolutamente urgente uma resposta do governo de António Costa”. A habitação é outra das problemáticas assinaladas, com esta geração “sem liberdade para construir o seu projecto de vida”. “Exige-se uma resposta para que as gerações mais novas tenham um verdadeiro horizonte de esperança”, conclui.


"Só uma escola pública de qualidade permitirá superar desigualdades gritantes", defende porta-voz da JCP

Inês Rodrigues, da JCP de Braga avisa que “mais do que nunca só com uma escola pública de qualidade será possível superar as desigualdades gritantes que o ensino à distância pôs em evidência”. A jovem comunista avisa que o surto académico “não se pode transformar num surto de abandono escolar”. Mais bolsas, mais alojamento público universitário são duas das reivindicações.


A precariedade nos jovens é outro dos pontos destacados por Inês Rodrigues que apela à resiliência dos jovens na luta pelos seus direitos.


Abandono escolar não está a ser combatido. Precariedade, falta de emprego e transportes, entre os alertas do BE

Um ano peculiar que veio agravar situações, começa por alertar Catarina Ferraz, do Bloco de Esquerda que exige uma aposta em instituições de ensino “inclusivas, onde exista liberdade e igualdade de aprendizagem não só de conteúdos científicos”.


No que respeita ao Ensino Superior, o abandono “não está a ser combatido”, daí que a jovem bloquista exija “uma escola superior pública e gratuita como existe noutros países”. Precariedade e falta de emprego, falta de transportes públicos são outros dos pontos referidos. Catarina Ferraz olha ainda para o ambiente e saúda a sua geração por sair à rua por estar “farta e consciente que a mudança é necessária”. 

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