Internacional 02.12.2024 08H21
Costa anuncia em Kiev mais de mil milhões, Zelensky insiste na "necessidade" de adesão à NATO
O Presidente ucraniano disse em Kiev ao lado do presidente do Conselho Europeu, António Costa, que um convite para adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte "é necessário" para "sobrevivência" do país, vincando que isso permitiria ter garantias de segurança na negociação.
De visita a Kiev, António Costa esteve reunido com o presidente da Ucrânia. Zelensky recebeu o novo presidente do Conselho Europeu, neste que é o primeiro dia do mandato do primeiro português e do primeiro socialista à frente da instituição.
Numa conferência de imprensa conjunta, António Costa sublinhou que foi a Kiev para reafirmar o apoio da UE aos ucranianos e para anunciar mais uma apoio financeiro ao país.
“Tencionamos fornecer mensalmente, ao longo de um ano, 1,5 mil milhões de euros em assistência. Este dinheiro provém das receitas dos ativos russos congelados e pode também ser utilizado para fins militares”, anunicou o presidente do Conselho Europeu.
Por sua vez, Zelensky insistiu que um convite para adesão da Ucrânia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) "é necessário" para "sobrevivência" do país, vincando que isso permitiria ter garantias de segurança na negociação.
"O convite da Ucrânia para aderir à NATO é necessário para a nossa sobrevivência. Estamos a trabalhar a todos os níveis para reforçar a posição da Ucrânia e de toda a comunidade euro-atlântica", disse Volodymyr Zelensky.
Na conferência no Palácio Mariyinsky, em Kiev, junto ao novo presidente do Conselho Europeu, o chefe de Estado ucraniano salientou ainda que só a adesão à NATO daria "garantias de segurança" à Ucrânia e que só isso poderia permitir negociar um cessar-fogo com a Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.
Apesar de agradecer o apoio europeu e dos parceiros ocidentais, Zelensky referiu que a Ucrânia "está a combater sozinha" e a proteger a União Europeia (UE), apelando por isso ainda à integração comunitária e a mais sanções por parte do bloco à "frota fantasma" da Rússia, que tem permitido furar as medidas restritivas.
Sobre a questão do alargamento, o presidente do Conselho Europeu falou, por seu lado, numa "decisão geopolítica", na expectativa de que no primeiro semestre de 2025 se registem avanços nas negociações de adesão e que haja uma integração gradual da Ucrânia na UE, começando com a abolição de tarifas roaming e com a interligação em certos aspetos do mercado interno comunitário.
SIC