A compra do Palacete Júlio de Lima por parte da Câmara Municipal de Braga é “inviável”. Quem o garante é o presidente da autarquia. Tal como a RUM avançou em primeira mão, esta segunda-feira, o palacete, obra do arquiteto Moura Coutinho, está à venda, depois de concluído o diferendo judicial em torno da propriedade e que durou sete anos. Sem disponibilidade financeira para o recuperar, os herdeiros legítimos pretendem vender o imóvel e serão já vários os investidores interessados. 

O edifício está avaliado em vários milhões de euros, e as obras de recuperação também representarão um investimento significativo.

Contactado pela RUM, o presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, explicou que não surgiu nenhuma abordagem oficial dos herdeiros para que a câmara adquirisse o imóvel, mas a resposta seria negativa. O autarca diz que o município de Braga continua a acompanhar o processo, mas "é completamente inviável investir na aquisição do imóvel e, depois, na sua recuperação".

O Palacete Júlio Lima está classificado como imóvel de interesse municipal cultural desde 2018. Após a sua alienação, o projeto que surgir "terá que cumprir com os requisitos de salvaguarda patrimonial", acrescenta Ricardo Rio. "A grande preocupação é que possa avançar o quanto antes porque a cada dia que passa é mais um momento de degradação do espaço físico que lá existe", nota.