A Câmara Municipal de Braga (CMB) está ao lado de um grupo de moradores de Lamaçães que defende a transformação da Quinta da Arcela num parque verde. O terreno é atualmente propriedade do Ministério das Finanças e já foi sinalizado para diferentes equipamentos públicos, entre eles a futura esquadra da PSP.

De há uns meses a esta parte, um movimento informal de moradores alertou publicamente para a importância de tornar o terreno acessível para usufruto público. O grupo lançou até uma petição pública com esse propósito.

Contactado pela RUM, o autarca Ricardo Rio partilha da opinião dos moradores e fala até numa "oportunidade para Braga” caso o terreno seja disponibilizado para a população “como espaço de fruição sem qualquer construção”. O referido terreno está inserido num processo de permuta atualmente em curso entre a CIM do Cávado, o Ministério das Finanças e outros organismos da Administração Central, sendo este um dos factores que tem atrasado a cedência à Câmara Municipal de Braga. “Vamos agendar para breve uma reunião com o Ministério para que o terreno possa ser disponibilizado e alocado à criação de um parque verde”, afiançou à Universitária o edil, acrescentando que as construções na periferia deste terreno, como antigas casas de caseiros e estruturas de apoio já são propriedade da autarquia no âmbito da estratégia local de habitação.

Norberta Grilo, do movimento informal de moradores, refere que se trata de uma oportunidade única para Braga e, em particular, para os habitantes de Lamaçães. “A quinta está em total abandono e há aqui um interesse imobiliário forte. Lamaçães é bastante edificada, não existe um espaço verde. É importante tornar aquilo um parque verde”, sustenta.

Entretanto foi lançada a petição pública Pela Quinta da Arcela a Parque Verde Público. Até ao momento, já foram recolhidas aproximadamente mil assinaturas (online e em papel).