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Filipe Aguiar na RUM
Elsa Moura

Legislativas 2025 30.07.2025 17H34

Chega quer fiscalização apertada a atestados de residência em Braga

Escrito por Elsa Moura
Filipe Aguiar não considera que os números das autoridades que apontam para o decréscimo da criminalidade correspondam à realidade e insiste na ideia de que os bracarenses se sentem cada vez mais inseguros.

O candidato do Chega à Câmara Municipal de Braga, Filipe Aguiar, pretende investir na fiscalização de atestados de residência passados pelas juntas de freguesia do concelho, considerando esta uma das vias para detetar grandes aglomerados de imigrantes a residir na mesma morada. Na ótica do candidato deve ser feito um trabalho de fiscalização mais apertado em parceria com as juntas de freguesia notando que estes atestados estão muitas vezes associados a residências onde vivem muito mais pessoas do que seria suposto.


Na noite de terça-feira, na grande entrevista à RUM na qualidade de candidato, Filipe Aguiar vincou que há muito trabalho a fazer nesta matéria em Braga, até porque o Chega considera que o número crescente de imigrantes no concelho também influenciou a escalada de preços na habitação local.


Para Filipe Aguiar o aumento de preços  implica falta de capacidade de muitos agregados para pagar o arrendamento o que leva ao aglomerado excessivo de pessoas dentro da mesma habitação. "Numa casa para quatro, cinco pessoas, instalam-se 15 ou 20 pessoas e isso é um trabalho que nós temos e queremos fazer muito de perto com as juntas de freguesia, na fiscalização dos atestados de residência", alerta, acrescentando que "uma habitação que comporta seis pessoas, não pode ter atestados de residência de 20 ou mais pessoas". Por isso, o candidato do Chega compromete-se com uma fiscalização mais apertada.


No que respeita à habitação, sugere que deve ser feita a a identificação de terrenos do município disponíveis para incetivar os privados a construir mais, incentivando cedências de terrenos a 75 anos anos e recusando a ideia de novos bairros a preços acessíveis no conceito que existe em Braga através da Bragahabit.


Aliás, esta é uma das empresas municipais que o Chega considera que deve funcionar diferente. O candidato de 54 anos considera que a Bragahabit "não está a fazer um trabalho consistente" e exige-se "um estudo profundo ao seu funcionamento". "As pessoas têm que ser inseridas na sociedade (...) e quem tem uma habitação social tem a obrigação de pagar e temos pessoas que não pagam. Quem não paga não pode permanecer e temos que ser muito inflexíveis se não daqui a pouco vale tudo", alerta.


Filipe Aguiar argumenta ainda que em Braga "as infraestruturas não acompanharam o aumento populacional e só terá real capacidade para receber mais cidadãos estrangeiros "melhorando a oferta de serviços para os nativos", sugerindo o fortalecimento de parcerias com o setor social no âmbito da rede de creches e lares de idosos, mas também mais escolas e centros de saúde. 


Assumido defensor da remunicipalização da Agere, recusa compromissos sem estudar melhor a matéria. "Não posso dizer nada em concreto, sou a fazer da gestão a 100% no município".


Na empresa municipal Transportes Urbanos de Braga afirma que há muito investimento por concretizar em matéria de frota e de rotas e rejeita qualquer proposta que vá no sentido da gratuitidade dos TUB para residentes. 


Entre as propostas do partido consta o "alargamento da parte pedonal" fechando, nomeadamente, a Praça do Município ao trânsito e requalificando o Campo da Vinha que é quase uma prova de obstáculos". Aqui sugere um acesso pedonal melhorado para ligar o Campo da Vinha ao mercado municipal.


"Temos que devolver a tranquilidade aos bracarenses"


O candidato do Chega ignora os dados disponibilizados pelas forças de segurança que comprovam uma queda da criminalidade em Braga, nomeadamente em 2024 e insiste que os bracarenses não se sentem seguros sendo um dos fatores o aumento do número de imigrantes no concelho. "A segurança em Braga preocupa-nos bastante e faz parte do nosso programa aplicar sistemas de videovigilância nalgumas zonas da cidade" atirou, alertando para o que diz ser "um sentimento de insegurança generalizado" da população. Entre outras propostas surge o aumento de efetivos da Polícia Municipal de Braga e a melhoria das condições de trabalho das forças de segurança. "Há muita criminalidade que não é registada. Não é mentira. As pessoas transmitem-nos essa insegurança e estamos muito atentos. Temos que devolver essa tranquilidade aos bracarenses", insiste.


O Chega pretende lançar um portal "para que o munícipe saiba ao segundo o dinheiro que saiu e porque saiu" além de uma ferramenta que permita às pessoas "denunciar irregularidades" que vão detetando no dia-a-dia do universo municipal.


OUVIR A ENTREVISTA COMPLETA AO CAMPUS VERBAL


Nesta mesma entrevista à RUM, o candidato do Chega esclarece as motivações da candidatura, a convicção na vitória do seu partido, criticando aidna a gestão da coligação Juntos por Braga nestes doze anos e revelando que vai apresentar listas em muitas freguesias do concelho nas autárquicas de 12 de outubro.

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