Cultura 12.08.2025 08H15
CCVF celebra 20 anos com uma programação "diversa e profunda" mas sempre a olhar para frente
O cartaz apresenta nomes como Sérgio Godinho, Rodrigo Amarante e Rocío Molina.
Setembro assinala os 20 anos do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), em Guimarães. Para marcar a data, o espaço vai celebrar, entre os dias 12 e 21, com uma programação especial que inclui concertos, espetáculos de teatro e dança. Aos microfones da RUM, diretor artístico do CCVF e Artes Performativas d'A Oficina, Rui Torrinha, sublinha que pretenderam compor um cartaz que fosse tão plural quanto a programação regular do espaço.
A programação arranca, nos dias 12 e 13 de setembro, com o já tradicional festival Manta, nos jardins do Vila Flor, que traz os concertos de Sérgio Godinho, Rodrigo Amarante, Hot Air Balloon e Bia Maria e que se alarga a concertos para bebés e oficinas para famílias, promovidas pelo serviço educativo d’A Oficina, durante o sábado, dia 13.
Já o destaque da programação de aniversário fica para o espetáculo 'Carnación', da coreógrafa Rocío Molina com Niño de Elche, marcado para 17 de setembro, no Grande Auditório Francisca Abreu, com a participação do BJazz Choir, grupo local que se junta a esta celebração de dimensão internacional.
No dia seguinte, 18 de setembro, o palco recebe o projeto 'Bailar em Casa', iniciativa regular da Casa da Memória que leva ao CCVF dezenas de pessoas para dançar, partilhando a riqueza do património imaterial, a música e a dança, com toda a comunidade. A 19 de setembro, é a vez do saxofonista Ricardo Toscano para uma reinterpretação de 'A Love Supreme', de John Coltrane, assinalando os 60 anos do icónico álbum de jazz.
No sábado, dia 20, a festa volta aos jardins com a energia contagiante de Branko, figura incontornável da música eletrónica portuguesa e fundador dos Buraka Som Sistema, que comemora também 20 anos de carreira. O programa encerra a 21 de setembro com 'Atlas Guimarães', uma performance coletiva, com cerca de 100 pessoas em palco dirigida por Ana Borralho e João Galante, que vão ocupar o maior palco do CCVF, como “a representação máxima da missão, que é a celebração entre artistas e público”.
Rui Torrinha sublinha que a programação especial quis trazer “a diversidade, profundidade, força do pensar contemporâneo, mas também o revisitar a história da arte”, que é algo que presente na programação habitual do CCVF. “Sempre olhando para a frente, ou seja, é um programa que tenta empurrar aquilo que nós consideramos a construção da sociedade para o futuro”, finaliza.