Nacional 27.05.2025 08H31
Causas do apagão, um evento "excecional e grave", continuam em aberto um mês depois
A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade criou um comité para investigar as causas do apagão de 28 de abril.Um painel de peritos vai elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano.
O apagão que deixou a Península Ibérica sem eletricidade durante várias horas, considerado um evento excecional, continua sem causas definidas um mês depois, estando a decorrer várias investigações, mas trouxe ao debate a resiliência do sistema elétrico.
A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade (ENTSO-E, na sigla em inglês) anunciou a criação de um comité para investigar as causas do apagão de 28 de abril, que classificou como “excecional e grave”.
Este painel de peritos terá de elaborar um relatório factual que constituirá a base do relatório final até o prazo máximo de 28 de outubro deste ano. Já o relatório final sobre a investigação deverá ser publicado, o mais tardar, até 30 de setembro de 2026.
Existindo várias possibilidades em aberto, sabe-se que o corte generalizado de eletricidade teve origem em Espanha, tendo a Red Eléctrica, empresa que gere as redes de energia no país vizinho, apontado como a principal causa do apagão uma perda súbita de geração de energia solar durante 20 segundos, por volta das 11h30, que teve um efeito dominó e deitou abaixo todo o sistema ibérico de eletricidade, que está interligado.
Em Portugal, a investigação está nas mãos da sua congénere, a REN – Redes Energéticas Nacionais, que solicitou o adiamento da entrega do relatório, que terminava em 18 de maio, tendo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) alargado o prazo por 10 dias.
De acordo com o regulador, o pedido teve como objetivo permitir à gestora das redes nacionais recolher informação à qual ainda não tinha tido acesso, sendo agora a nova data limite para a entrega do relatório o dia 28 de maio.
Lusa