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Maria Carvalho

Regional 16.09.2024 15H20

Cancro da Cabeça e do Pescoço. Deteção precoce melhora possibilidade de cura

Escrito por Maria Carvalho
Em Portugal, entre 2.500 a 3.000 pessoas são diagnosticadas anualmente com esta doença, e mais de metade dos casos são detetados em fase avançada.
Declarações do diretor do serviço de otorrinolaringologia da ULS de Braga, Luís Dias:

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No âmbito da 12ª Semana de Sensibilização para o Cancro da Cabeça e do Pescoço, que decorre no dia 18 de setembro, a Unidade Local de Saúde (ULS) de Braga vai realizar rastreios gratuitos, nas consultas externas do Hospital de Braga. A inscrição prévia é obrigatória.


Em entrevista à RUM, o diretor do serviço de otorrinolaringologia da ULS de Braga, Luís Dias, explica que “este tipo de cancro aparece, normalmente, em pessoas com idade superior a 40 anos. No entanto, começamos agora a ter doentes cada vez mais novos”.


Quando se fala de cancro da cabeça e pescoço, fala-se em “cancros que aparecem na nasofaríngea, na cavidade oral, na orofaríngea, na laringe, na glândula salivar, na pele e no cabelo. Portanto, toda a cabeça e pescoço pode ser algo de patologia maligna”, conta.


Estas patologias têm tendência, segundo Luís Dias, a aparecer mais em populações expostas a alguns fatores de risco: fumar tabaco durante muitos anos, a exposição solar ou má higiene dentária. Sobre fumar, o otorrino alerta para a mistura do álcool com o tabaco. “Há uma noção que temos que ter: o álcool potencia o efeito cancerígeno do tabaco”, adverte.


Luís Dias alerta também para a importância de um diagnóstico precoce. “Quanto mais cedo detetarmos a patologia, mais simples é o tratamento e menores são as sequelas. Se o tumor for pequeno, a probabilidade de cura é muito maior e a deformidade fica mais pequena”, diz.


Sintomas a ter em atenção


“Uma pessoa nota que aparece um caroço no pescoço, que nem dói nem nada, mas que vai aumentando. Convém ser visto por um médico para avaliar se é um processo inflamatório, infecioso, ou se será um processo tumoral. A grande diferença é que o processo inflamatório ou infecioso dói e o tumoral não dói. Aquele caroço cresce ali sem dor e a pessoa, muitas vezes, não valoriza”, alerta.


Também é referido a existência de aftas na boca. “Pessoas têm aftas na boca e deixam passar uma semana, 15 dias, 3 semanas, um mês e a afta não passa. É importante que consultem um estomatologista ou, inclusive, um médico de família que depois acaba por orientar para quem de direito”.


Dor, dificuldade ao engolir ou rouquidão persistente são outros sintomas referidos.

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