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Fotografia: Filipe Ferreira
Redação

Cultura 07.11.2024 14H46

Canções de Abril em cena no Theatro Circo para ´combater` ameaças atuais à democracia

Escrito por Redação
O espetáculo encenado por Pedro Penim tem lugar, esta sexta-feira e sábado, na sala principal do espaço bracarense.
Palavras de Pedro Penim.

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Temas que deram voz à Revolução dos Cravos em 1974 vão estar em cena no Theatro Circo, esta sexta-feira e sábado. A criação de Pedro Penim, produzida pelo Teatro Nacional D. Maria II, ‘Quis saber quem sou – um concerto teatral’ revisita as canções utilizadas antes, durante e depois do 25 de Abril, na sala principal, sempre às 21h30.


A peça parte do primeiro verso da canção ‘E Depois do Adeus’, de Paulo de Carvalho, que foi emitida às 22h55, no dia 24 de abril de 1974, e que serviu de senha para o início da Revolução. O espetáculo pretende “reavivar a memória desta época” e refletir sobre estes últimos 50 anos, refere aos microfones da RUM, Pedro Penim.


O encenador adianta que a peça surge da ideia de trazer “esse potencial do cancioneiro revolucionário” para uma geração mais jovem, ao revisitar canções, palavras de ordem e cantigas que fizeram parte do 25 de Abril. Estas canções, “umas mais conhecidas, outras menos”, do cancioneiro pré e pós-revolucionário “carregam em si um potencial enorme de resistência”, ressalta.


Apesar de retratar os acontecimentos de 1974, o encenador afirma que a peça não é um espetáculo histórico. Pedro Penim acrescenta que o espetáculo utiliza uma linguagem contemporânea, que fala sobre a experiência deste período, “não de uma forma muito direta, sendo uma reflexão à volta dos temas da comemoração da Revolução do Cravos”. As músicas surgem como forma de "permitir que o público se relacione com esta ideia da herança”, no meio da peça, não sendo, assim, um musical.


Para o responsável, o importante é que o público "participe da festa", ou seja, cante e ria dos acontecimentos. Há um lado de celebração, mas há ainda “uma ideia de esperança que passa por todo o espetáculo e que acaba por funcionar também quase como um grito de alerta em relação aos perigos iminentes que a sociedade está a passar neste momento”, conclui.



*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Vanessa Batista

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