Regional 24.07.2023 17H22
Câmara de Braga aponta início das obras do novo canil até final do ano
Está em equação a possibilidade de ter abrangência municipal ou intermunicipal.
O presidente da Câmara de Braga espera que as obras referentes ao novo Centro de Recolha Oficial (CRO) arranquem este ano. O assunto foi abordado, esta segunda-feira, à margem da assinatura de protocolos relativos ao programa CED (Capturar, Esterilizar, Devolver), que visa o controlo da reprodução e da população de gatos no concelho.
Inicialmente apontado para o princípio de 2022, o processo, gerido pela empresa intermunicipal Braval, tem sofrido atrasos, sobretudo devido à tipologia. Em equação encontra-se a possibilidade de servir apenas o território bracarense ou de alargar a outros concelhos do Cávado. No caso de ser intermunicipal deverá ficar situado na Serra do Carvalho, nos terrenos contíguos à Braval.
Ricardo Rio explica que, neste momento, “o projeto está a ser desenvolvido”, a que se segue a captação de financiamento, havendo “algumas oportunidades sinalizadas”, nomeadamente um aviso lançado pelo Instituto de Conservação de Natureza e Florestas, cujas candidaturas terminam na sexta-feira.
O atual CRO, localizado na Estrada da Depuradora, na União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, já não tem as condições necessárias, segundo Ricardo Rio. Além das queixas dos moradores relativas ao barulho causado pelos animais, um dos motivos é o facto de estar constantemente lotado.
Com cerca de 120 animais no espaço em funcionamento, 70 cães e 50 gatos, a veterinária municipal, também presente na cerimónia, lamenta a existência de “poucas adoções”, sobretudo “na altura de férias”, que se juntam ao flagelo dos abandonos. Dá o exemplo de um caso recente de três canídeos encontrados no Parque de São João da Ponte, que seguiu para tribunal, com o dono a ser acusado de abandono.
Numa análise mais geral, Liliana Carvalho revela que há “uma redução mais acentuada nas adoções de cães”, em contraciclo com o que acontece com os gatos. “As exigências em termos de bem-estar e legislação dos cães são cada vez maiores e as pessoas, em meio urbano, têm bastante dificuldade em conseguir conciliar a vida pessoal e profissional e manter um ou mais cães, nomeadamente em apartamentos”, reflete.