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Fotografia: Marcelo Hermsdorf / RUM
Marcelo Hermsdorf

Regional 29.04.2025 12H11

Estudo aponta que BRT entre Guimarães e Braga deve custar 160ME

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Os diversos estudos que foram realizados concluíram que a solução de metrobus é a mais económica. Segundo o responsável pelo estudo, José Mendes,“há uma diferença substancial de custos” entre esta solução e o metro de superfície, que necessitaria de um investimento de cerca de 300ME.
Palavras de Ricardo Araújo, Domingos Bragança e José Mendes

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O Município de Guimarães apresentou, esta segunda-feira, o estudo para a implementação do BRT com ligação a Braga, segundo os responsáveis, o investimento necessário e de cerca de 160 milhões de euros e vai contemplar 18 paragens. Segundo os responsáveis, o valor fica abaixo do necessário para a implementação do metro de superfície, de cerca de 300 milhões de euros.


Em sede da reunião de Câmara, o responsável pelo estudo, José Mendes, ressaltou que o BRT permite oferecer um serviço coletivo “garantia de horários”. Referiu ainda que a ligação pode atender 3,350 milhões de passageiros por ano, com 12 estações em Guimarães e outras seis em Braga, por tratar-se de uma região mais povoada do lado vimaranense. Segundo o responsável, o BRT atenderia 13 mil passageiros diários, “com este sistema, possa retirar 48 mil passageiros/km” dos meios de transporte individual, em 2031.


O responsável pelo estudo apontou ainda que de acordo com as opções analisadas para a ligação entre os dois concelhos, o BRT terá custo de quatro milhões/km, enquanto o metrobus rondaria os 10 a 20 milhões/km, e uma ligação ferroviária necessitaria de cercar de 40 milhões por quilómetro. Sublinhe-se que os valores totais estimados incluem o percurso de cerca de 20 kms, no caso do metrobus, além da aquisição da estrutura física, dos veículos e de manutenção.


Para o presidente do Município, Domingos Bragança, a prioridade é ter paragens em todas as freguesias que o metrobus atravessa, com um canal dedicado, que torna este “transporte público de passageiros seja fiável”. “Se queremos ter transporte coletivo de passageiros, tem que ser em via dedicada em canal próprio”, ressaltou, apontando ainda a ligação que vai existir entre a futura estação Taipas 25 de Abril e o AvePark, Barco Zona Industrial, com mais quatro paragens.


O socialista apontou ser possível no futuro o projeto migrar para outros modos de transporte, apesar de a “solução de metrobus ser a mais económica”, mas ressaltou ser preciso manter “o consenso alargado criado para esta mobilidade urbana”. “Pretendemos dar uma solução alternativa ao transporte público em canal próprio, para ser competitivo e cada um de nós poder optar por ele, mas não queremos prejudicar as estruturas rodoviárias existentes”, referiu.


No sentido contrário, o líder da oposição, Ricardo Araújo acusou o candidato à Câmara vimaranense pelo PS, Ricardo Costa, de estar a “enganar os vimaranenses”. O vereador do PSD sublinhou que os estudos que foram apresentados apontaram que o metro de superfície “não é uma boa solução para Guimarães e que não é exequível”.


Segundo o social-democrata houve uma “total desautorização e descredibilização técnica” do candidato socialista por técnicos, “como disse o senhor Presidente da Câmara, são os maiores especialistas nacionais em questões de mobilidade”. A mobilidade, segundo o vereador, “é um dos maiores constrangimentos do concelho” que não foram solucionados pelo PS “ao fim de 40 anos, não conseguiu resolver”.


Durante a reunião ainda foram apresentados estudos e projetos de mobilidade para o concelho, como tramo de ligação da variante de Creixomil à EN 206, que se for necessária deve recebe uma nova ligação à Rua Joaquim Ribeiro de Moura.

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