O município de Braga já investiu cerca de dois milhões de euros na saúde oral dos bracarenses. A informação foi avançada esta sexta-feira durante as celebrações dos 10 anos do programa ‘Braga a Sorrir’, realizado na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.

Até ao final do mês de abril, foram realizadas 55.776 consultas e 106.695 tratamentos em 3502 utentes. Durante a cerimónia, o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Rio, ressaltou o impacto social e humano desta resposta “pioneira, que muda as vidas e a relações pessoais, que acabam por sua inserção profissional”.

Para o autarca, o ‘Braga a Sorrir’ é um “projeto obrigatório de ter continuidade, não existir uma resposta cabal da parte do Estado Central”. “Este é o repto que deixo, que qualquer instituto municipal, obviamente, dê continuidade a este projeto porque são muitos aqueles que dele poderão beneficiar no futuro”, referiu.

Criado em 2015, em parceria com a associação ‘Mundo a Sorrir’, o programa representa um “compromisso sólido do Município de Braga com a inclusão social” e “é um dos exemplos mais claros de como políticas públicas inclusivas, sustentadas por um investimento robusto, podem mudar vidas”, apontou o autarca. Com uma equipa de nove profissionais e 48 voluntários, o programa tem como missão proporcionar assistência médico-dentária e reabilitação oral à população socioeconomicamente vulnerável, promovendo a sua qualidade de vida.

Para a vice-presidente, Sameiro Araújo, o ‘Braga a Sorrir’ “foi muito mais que um programa”, tem-se revelado um instrumento “fundamental, não apenas para a melhoria do nível saúde oral dos utentes, como também da autoestima e qualidade de vida”. A vereadora com o pelouro da Saúde e Bem-estar, vincou que a data serve para renovar o compromisso para os próximos anos, que enquanto houver “alguém em situação de vulnerabilidade social, que precise de cuidado de saúde oral, a Câmara Municipal de Braga e o Braga a Sorrir estará presente com a mesma dedicação”.

Segundo o Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, 70% dos municípios em Portugal não gastam um único euro em promoção, iniciativas ou campanha escolar em termos de saúde oral, segundo o mapeamento realizado em parceria com a Associação Nacional de Municípios. O responsável elogia o trabalho realizado em Braga e garantia proporcionada pela autarquia naquele “que é um direito universal”.