As cidades de Braga e Guimarães vão acolher um novo modelo de transporte de ligação até 2030 estando desde já afastado o cenário de um metro de superfície. O metrobus é a opção que mais agrada ao Governo que ontem anunciou uma verba de 200ME para a ligação entre as duas cidades.

Ricardo Rio, autarca bracarense, confirma à RUM que estão em cima da mesa "várias soluções", sempre sustentáveis e que a principal questão se prende agora com "a decisão sobre uma ligação directa e, portanto, mais rápida, ou uma solução que passe por diferentes pontos dos dois concelhos".

“Cada uma das soluções tem vantagens e desvantagens. Podemos optar por uma ligação que junte os dois concelhos e de curtíssima duração, ou capacitar a população dispersa ao longo do território e que possa beneficiar deste transporte, ainda assim, com celeridade maior e com menos custo do que outras formas de transporte alternativo”, explica. Ricardo Rio que assegura que “não há ainda um percurso fechado para este modelo”.

As promessas de ligações alternativas entre as duas cidades minhotas não são novas, mas o autarca de Braga está confiante. O trabalho técnico já realizado pode significar que até 2025 já surja “algo no terreno em concreto”, acrescenta.

Metro de superfície descartado

As duas autarquias estão a trabalhar entre si e têm estado em contacto com o Ministério do Ambiente e a opção já referida no passado de um metro de superfície parece estar mesmo descartada.

O investimento não se justifica porque “de acordo com os indicadores internacionais e os estudos que têm sido feitos, exige-se uma massa crítica em termos populacionais que a região não tem e, portanto, não sustentaria economicamente essa modalidade”, justifica o edil bracarense.

O metrobus, por sua vez, é uma das possibilidades já que permite uma ligação mais rápida e eficiente e com um investimento manifestamente inferior a um metro de superfície.

Domingos Bragança, autarca de Guimarães já disse que os municípios não querem deixar fugir mais esta oportunidade e estão por isso a trabalhar conjuntamente no desenvolvimento de um desenho e de uma solução viável  que receba luz verde do Governo para avançar.