Regional 30.06.2025 10H15
Braga. Ata de dissolução da SGEB já foi formalmente registada
Ricardo Rio considera este um “passo muito importante para a liquidação e internalização final da Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga".
Já foi formalmente registada, na conservatória de Gondomar, a ata de dissolução da Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga (SGEB).
Recordando os passos dados até aqui, desde a "aprovação de um empréstimo para a aquisição da participação privada, com a aquisição formal dessa participação e com a detenção a 100% do capital da SGEB pelo município", o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, fala de "um último passo decisivo em termos formais, que vai permitir concretizar, nas próximas semanas, o processo de internalização da SGEB". Depois de ter os ativos na sua posse, o município tera que "encontrar um novo modelo para a gestão destes equipamentos".
"Este processo acabou por nos propiciar um benefício abaixo dos 30 milhões de euros, muito menor do que aquilo que nós pretendíamos no início, há 10 anos, quando desencadeámos várias iniciativas para poder concretizar esta mesma dissolução. O nosso encargo com a SGEB rondava os 7,5 milhões de euros e vai ser substancialmente reduzido agora", disse, em entrevista à RUM, o autarca. Ricardo Rio lamenta que não tenham "sido criadas as condições a nível do Governo Central para que esta medida pudesse ser tomada anteriormente" e o município usufruísse de um "benefício largamente amplificado". Nesse sentido, o social democrata agradece o contributo do antigo ministro do PS Fernando Medina, neste processo.
"Com este processo de internalização, obviamente que do ponto de vista da transparência e da evidência nas contas, a dívida do município acaba por subir, mas na prática, como é também sabido, essa dívida estava ocultada debaixo do tapete, não estava registada nas contas e, portanto, acho que é, sobretudo, mais compreensível para todos aquilo que representou esta opção claramente errada por parte dos executivos socialistas e todo o desperdício de recursos financeiros que o município teve ao longo destes anos por força desta mesma opção", criticou, acrescentando que "embora formalmente a dívida seja maior, os encargos são menores e é isso que importa para a gestão ocorrente do município".