São cerca de uma centena e chegam de 21 países como Bielorrússia, Canadá, Tailândia e Ucrânia para aprender Português no BabeliUM – Centro de Línguas da Escola de Letras, Artes e Ciências Humanas da Universidade do Minho (ELACH). O maior contingente, 24, é oriundo da Macau University of Science and Tecnology, 19 da Kankuk University of Foreign Studies, na Correia do Sul e seis do Centro de Educação da Língua Portuguesa Meng Kio (PortuGet).

A formação não conferente de grau inclui 72 horas de aulas, num ambiente descontraído que prima pela interação entre estudantes de diferentes idades, culturas e experiências de vida.

A iniciativa junta participantes do 33º curso de verão de Português Língua Estrangeira, uma formação de docentes oriundos da Galiza e um curso de Português Língua Estrangeira com o Instituto Camões que terminou na última semana.

A coordenadora do curso, Micaela Ramon, frisa que o principal objetivo passa por colocar os formandos num ambiente imersivo, de modo a potenciar o desenvolvimento de competências linguísticas e comunicativas em português, além de promover uma verdadeira experiência cultural.

Questionada pela RUM sobre o aumento da procura por cursos de Português, a responsável garante que é uma realidade principalmente junto do público asiático. "Recebemos muitos alunos sobretudo da China. Neste momento o nosso foco está no Japão. Pretendemos estabelecer protocolos com universidades", avança.

Os participantes vão ter oportunidade de extravasar os muros da UMinho e conhecer as cidades do Porto e Viana do Castelo, assim como os santuários da Abadia, Bouro e Rendufe, o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa e o festival Castro Galaico.

Regresso do curso de Língua Gestual Portuguesa pode acontecer no próximo ano letivo.

O Centro de Línguas do ELACH quer reativar o curso de Língua Gestual Portuguesa. "Numa universidade que se quer inclusiva e que pratica uma política do multilinguismo", faz todo o sentido oferecer esta proposta, segundo Micaela Ramon.

Neste momento, o centro está à procura de um formador. O curso poderá ser uma realidade já no próximo ano letivo.

BabeliUM defende a instalação de uma delegação do SEF na UMinho.

A coordenadora do curso de Português Língua Estrangeira, Micaela Ramon, acredita que a instalação, em determinados períodos, de uma delegação do SEF - Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, na Universidade do Minho seria benéfica, visto que alguns alunos que chegam de fora da União Europeia têm de aguardar meses pela regularização dos documentos, nomeadamente, o visto.

"Nós no BabeliUM defrontamo-nos com este problema de forma premente. É caricato que bolseiros do Instituto Camões, tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, tenham de esperar para frequentar os cursos porque o SEF não consegue dar uma resposta atempada", refere.

A responsável explica que as bolsas são atribuídas em meados de julho/agosto, sendo que alguns estudantes só integram as turmas em dezembro/janeiro.