Os autarcas de Terras de Bouro e Barcelos defendem uma adaptação dos fundos comunitários às necessidades de cada território. Este domingo, no programa da RUM ‘Territórios Comuns’, Manuel Tibo, de Terras de Bouro, lamentou o excesso de burocracia nas candidaturas a fundos, mas também a forma como cada envelope financeiro é gerido. 

Nas orientações dos fundos comunitários, o autarca social democrata sugere pontos “comuns a todos”, mas considera que faz sentido "haver um bolo significativo que cada um dos municípios possa utilizar naquilo que naquele momento é uma prioridade local”. O autarca dá o exemplo de apoios comunitários para a inovação que “não fazem sentido” num município com caraterísticas de Terras de Bouro, e lembra que ainda necessita de apoios para a instalação de saneamento básico considerando, por isso, que os municípios vão andar sempre a diferentes velocidades porque os investimentos estão sempre atrasados e lesam os mais pequenos.

A opinião é partilhada pelo autarca de Barcelos, Mário Constantino, ele que lembra que “a realidade da CIM Cávado é diferente da realidade da área Metropolitana do Porto ou de Lisboa” e, por essa razão, “as prioridades como a eficiência energética ou desenvolvimento tecnológico são realidades desajustadas" ao ponto de situação de determinados municípios, nomeadamente Barcelos.

“Não se pode criar a ideia de que agora é ciclovias e para o ano é só eficiência energética quando a nós nos faltam equipamentos escolares, equipamentos desportivos, equipamentos de saúde ou equipamentos viários”, alerta.

Mário Constantino e Manuel Tibo são os entrevistados deste mês no programa Territórios Comuns, que conta com o apoio da CIM Cávado. O programa completo está agora disponível em podcast