Esta madrugada, mísseis iranianos atingiram o norte e o centro de Israel, fazendo pelo menos oito mortos e mais de 150 feridos. Há ainda dezenas de desaparecidos. Israel alega que tomou, também o controlo sobre o espaço aéreo de Teerão e ameaça incendiar a cidade, se forem lançados mais mísseis. A ronda de conversações entre Irão e EUA sobre o programa nuclear de Teerão, prevista para este domingo, foi cancelada.

As equipas de resgate israelitas prosseguem as buscas nos escombros de edifícios residenciais destruídos em ataques, usando lanternas e cães farejadores para procurar sobreviventes, depois de pelo menos 10 pessoas, incluindo crianças, terem sido mortas, disseram as autoridades.

A polícia afirmou que seis pessoas foram mortas na cidade de Bat Yam, a sul de Telavive, incluindo duas crianças. Sete pessoas estão desaparecidas e os serviços de emergência estão a vasculhar os escombros dos edifícios destruídos.

Quatro pessoas morreram também nos ataques à cidade árabe de Tamra, no norte do país, de acordo com os serviços de emergência e o hospital local.

Português apela governo a enviar avião militar para resgatar cidadãos em Israel

Miguel Jaloto é músico e musicólogo e foi a Israel para dar concertos e aulas. Foi apanhado pela guerra e está preocupado com o regresso a casa, uma vez que o espaço aéreo israelita foi encerrado e não se realizam voos comerciais.

Apelou por isso na RTP ao Governo português para que, isoladamente ou com outros países europeus, envie um voo militar para poder retirar do país quem não queira ali ficar.

Miguel Jaloto fala igualmente da experiência de viver em constante sobressalto perante a iminência de ataques iranianos e a possibilidade de ser atingido por um míssil ou destroços.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisou os israelitas que as operações militares contra o Irão poderão durar até 15 dias.

C/RTP/LUSA/AGENCIAS