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Paulo Ferreira é o diretor do Festival Literário Utopia. O responsável passou pela emissão da RUM na abertura da 2ª edição no Espaço Vita.
Elsa Moura

Cultura 18.11.2024 16H37

“Arrisco a dizer que o trabalho com a comunidade é o mais importante no Utopia”

Escrito por Elsa Moura
Paulo Ferreira, diretor da The Book Company é também o diretor do festival literário de Braga, cuja 2ª edição arrancou na passada sexta-feira e termina a 24 de novembro.
Declarações de Paulo Ferreira na emissão especial da RUM na abertura do Festival Literário Utopia Braga

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O diretor do festival literário Utopia, Paulo Ferreira, afirma que a programação deste ano junta de uma forma inequívoca a comunidade e assume a organização foi confrontada "com um belíssimo problema" que foi "conseguir acomodar todas as propostas que chegaram". Assinalando que na primeira edição a organização estava a "vender uma ideia" sendo "perfeitamente normal" que surgissem "dúvidas sobre o formato, ou qual é que podia ser o seu contributo, Paulo Ferreira admite que esta segunda edição "foi muito mais fácil" já que recebeu contributos de mais pessoas, entidades e instituições.


"A programação deste ano está melhor e mais completa"


À conversa com a RUM a propósito da elaboração do programa desta segunda edição, assume que foram necessárias “algumas correções”. Ainda que o Utopia seja"uma festa de dez dias nacionais e internacionais", o programador realça, sobretudo, "o trabalho que é feito com a comunidade, um trabalho que não entra tanto nas parangonas mas que arrisca a dizer que "é mais importante do que o outro".


"O Festival Utopia é e será para todos os públicos"


Ainda na opinião do Diretor da The Book Company, esta 2ª edição "está recheada de nomes com grande notoriedade", e também por isso a programação deste ano "está melhor porque está mais completa" e "é pensada "para toda a gente" com uma identificação "muito clara dos vários eventos".


Um festival literário que "é e será para todos os públicos". Referindo que há uma junção de "autores mais comerciais" e outros "mais literários", Paulo Ferreira aponta que "é possível que um livro comercial pode estar ao lado de um livro literário", resultando assim numa programação "bastante diversificada para que qualquer pessoa sinta que é uma atividade para ele". "O Utopia é isso, foi isso e vai continuar a ser isso", afiança. 


Vincando também que o trabalho da The Book Company a  fazer festivais "é diferente", Paulo Ferreira é objetivo: "Nós queremos fazer um evento em que consigamos identificar as maiores caraterísticas do território em que estamos, conhecer o mais possível as pessoas que aqui estão, e programar para elas. Não há fórmulas nem vai haver, e o nosso esforço é sempre fazer um evento o mais adequado possível ao público que temos", resume.


Paulo Ferreira confirmou que em 2025 o Festival Utopia vai sair de Portugal, ainda que a organização ainda não tenha revelado local e data. No entanto, há novidades, já que o festival literário vai passar também por Ponta Delgada, cidade a quem Braga passará o testemunho de capital portuguesa da cultura no ano de 2026.


Com uma programação mais intensa no primeiro e segundo fim-de-semana, o Utopia que tem a sua feira do livro no Espaço Vita, explora outros equipamentos, nomeadamente a própria reitoria da Universidade do Minho, a Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva ou livrarias como a Centésima Página.


Alguns pontos do programa desta segunda e terça-feira


Na programação para esta segunda-feira, além de iniciativas de literatura e ilustração nas escolas, destaque, pelas 18h00, a iniciativa «Direito e Literatura», com Isabel Pires de Lima e Joana Aguiar e Silva, na reitoria da Universidade do Minho.


Também em parceria com a UMinho, mas na Livaria Centésima Página, pelas 18h30, acontece a apresentação do livro «Women, the Arts, and Dictatorship in the portuguese-Speaking Context. Tensions, Disputes and Post-memory Heritage», com Ana Gabriela Macedo, Carlos Mendes Sousa, Joana Passos, Márcia Oliveira e Margarida Esteves Pereira.


Amanhã, terça-feira, além de iniciativas em escolas do concelho, pelas 18h30, numa parceria com a UMinho a proposta vai para a Centésima Página com a “Mesa a Reler Camilo, 200 anos depois”, com Elzira Queiroga, João Paulo Braga e Sérgio Guimarães de Sousa. À mesma hora, mas na Associação Empresarial de Braga, decorre a apresentação do livro «A senhora das índias», de Alberto Santos, com António Ferreira.


Ainda que os nomes mais fortes do programa tenham sido concentrados entre o passado fim-de-semana e o próximo, as atividades prosseguem diariamente, seja a partir do Espaço Vita, onde está em permanência a feira do livro.


O PROGRAMA COMPLETO DO UTOPIA


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