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Vanessa Batista

Desporto 17.04.2024 08H43

Aos 32 anos Rui Bragança diz adeus ao Taekwondo

Escrito por Vanessa Batista
Alumni da Universidade do Minho do curso de Medicina, não conseguiu o apuramento para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Aos 32 anos Rui Bragança, do Taekwondo, anunciou o final da carreira. Numa publicação curta na rede social Facebook, o atleta vimaranense agradeceu a “todas as pessoas e instituições que fizeram parte desta linda viagem”, apontando a mais esclarecimentos nos próximos dias.


O também alumni da Universidade do Minho, do curso de Medicina, competiu ao mais alto nível durante os últimos 20 anos. Os primeiros passos na modalidade foram dados aos 13 anos. Representou o ABC de Braga, Vitória SC e Benfica, clube pelo qual assinou depois de conquistar vários títulos, entre os quais campeão da europa (2014 e 2016) e o ouro nos Jogos Europeus de Baku (2015).


Rui Bragança marcou presença por duas vezes nos Jogos Olímpicos, tendo como melhor marca o 9º lugar nos Jogos do Rio 2016 e foi 11º classificado em Tóquio 2020. 


“Saio com um sentimento de dever cumprido e muito satisfeito com os últimos 20 anos”, disse em entrevista à agência Lusa.


A decisão foi tomada em março, depois de ter falhado o apuramento para Paris2024, ficou a dois combates do objetivo. “Foi um ótimo fim. Faltou, se calhar, uma cerejinha em cima para ser em Paris2024. Estive muito bem nos combates que fiz [na Bulgária] e perdi porque ele foi ligeiramente melhor do que eu”, recorda, sobre o embate com o adversário russo Georgi Gurtsiev, que agora compete pela Bielorrússia, momento que antecedeu o confronto que seria decisivo para garantir a ida aos Jogos Olímpicos.


“Apesar de ser um desporto individual, isto foi um trabalho de equipa. Alguns dos meus resultados talvez tenham sido um pouco mais elevados. Se não tivesse sido o Pedro Póvoa, em Pequim2008, e a passar todo o seu conhecimento, isto não seria possível. Se não fosse o Zé [Fernandes], o Nuno [Costa], o Júlio [Ferreira] e a Joana [Cunha] comigo em todos os treinos, isto seria impossível. Foi uma época dourada do taekwondo. Se o meu nome apareceu mais algumas vezes foi coincidência, pois o trabalho foi de todos”, elogiou.


Sem planos para se manter na modalidade, assume, ainda assim, que a parte técnica o estimula mais do que a de dirigente, contudo recorda que isso o obrigaria a voltar a ter as rotinas de atleta de alta competição.


Com o fim da sua carreira, algo que Júlio Ferreira e Joana Cunha também estão a equacionar, Rui Bragança revela preocupação pelo facto de a “época dourada do taekwondo português estar a desaparecer”.


“Espero que alguém venha de trás… mas não vai ser um caminho fácil. A nova federação, com um ano… vai ser preciso muito trabalho da parte de dirigentes e atletas para voltarmos a ter uma seleção tão forte como outrora”, advertiu.


*Com Lusa

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