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Fotografia: Marcelo Hermsdorf / RUM
Marcelo Hermsdorf

Autárquicas 2025 19.08.2025 21H00

António Lima candidata-se pelo BE para estar "ao serviço dos cidadãos" de Braga

Escrito por Marcelo Hermsdorf
Aos 72 anos, o jurista, que já encabeçou a lista à CMB em 2005, afirma que “não tem qualquer ambição pessoal e não tem também de provar nada”.  
Palavras de António Lima 

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António Lima reconhece que é candidato do BE à Câmara Municipal de Braga para ajudar o partido e estar ao serviço dos cidadãos. Aos 72 anos, o jurista, que já encabeçou a lista à CMB em 2005, afirma que “não tem qualquer ambição pessoal e não tem também de provar nada”.


Esta terça-feira, na grande entrevista à RUM na qualidade de candidato do Bloco de Esquerda, o atual deputado na Assembleia Municipal afirma, que é mais um momento em que se coloca “ao serviço dos cidadãos” de Braga. O partido nunca elegeu vereador no executivo municipal.


António Lima assume-se um defensor da união das esquerdas, ainda que não tenha acontecido por indisponibilidade de outros partidos, sobretudo do PS, que acabou por manter a coligação com o PAN. Segundo o candidato os socialistas não quiseram “qualquer tipo de aliança com o Bloco”, que esperou até o limite para apresentar a candidatura na esperança que o acordo avançasse.


A divisão de candidaturas à esquerda pode ser uma oportunidade perdida para assegurar a saída da coligação Juntos por Braga do poder autárquico


O candidato admite que a divisão de candidaturas à esquerda pode ser “uma oportunidade perdida” para assegurar a saída da coligação Juntos por Braga do poder autárquico. “A presidência da autarquia pode continuar até na mesma área do espectro político que manteve até agora, como pode até ser um bocado difícil, digamos, equilibrar as forças ao nível do executivo. Se é certo que o primeiro candidato é o presidente da Câmara, do partido mais votado, também é verdade que para implementar as medidas que preconize ele vai precisar, enfim, pelo menos do apoio maioritário na Assembleia Municipal e isso pode ser difícil”, alerta.



Fala em marasmo e numa cidade que não sofreu obras de manutenção após 12 anos de governação da coligação Juntos por Braga


O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Braga acusa Ricardo Rio e a coligação Juntos por Braga de passar doze anos a anunciar obras e projetos e a frustrar os bracarenses. António Lima sublinha que existe um sentimento de “um certo imobilismo” e há, aponta, “quem utilize a expressão de marasmo”. “Já ouvimos falar de tudo e mais alguma coisa que ia ser feito, mas não há nada, e, de facto, isso frustra as expectativas das pessoas”, atira.


Segundo o bloquista, a Câmara Municipal afirma que Braga lidera em “todos os setores possíveis e imaginários, mas isso, de facto, não se reflete no dia a dia dos cidadãos”. Acrescenta que, na sua visão, “até na apresentação, a cidade piorou”, criticando a falar de manutenção no concelho, como nas ruas.


Acredita que, em ano de capital portuguesa da cultura, “Braga continua à espera das noites brancas”. Na sua ótica, deveria “haver outro dinamismo” e que somente esta festa “não é desenvolvimento cultural”. Outra crítica deixada pelo candidato foi a falta de árvores, sombras e o excesso de betão em Braga, António Lima alerta ser "é impossível andar em Braga depois dao meio dia, é impossível andar na rua". 


Segundo o bloquista, a coligação Juntos por Braga deixou o tema da habitação de lado. Ressalta que o executivo municipal tem subsidiado algumas rendas, que na visão de António Lima, é um valor que vai "para os senhorios", realizado algumas "obras que já estava projetadas", manutenção de bairros socias, mas não tem separado uma parte do orçamento "para construir habitações". O tema que voltou a ser bandeira da esquerda, sublinha, precisa ser solucionado pela autarquia "só o mercado, nunca vai resolvê-lo", vinca.


"É difícil fazer uma projeção de resultados”


Com nove candidatos confirmados para a Câmara Municipal, António Lima aponta que há dois mais destacados: “um que tem de ver se já fez a devida travessia do deserto, que é o PS, e depois temos, enfim, a AD, que, está no poder, e, em campanha já há 12 anos”.


Para os outros, refere que alguns são “ilustres desconhecidos” e outros são conhecidos por aqueles “cidadãos e leitores mais empenhados e que têm mais apetência para acompanhar a vida da cidade”.


Sobra a candidatura de Ricardo Silva, pelo Movimento Independente ‘Amar e Servir Braga’, sublinha ser alguém que, “de alguma forma, esteve no poder na maior freguesia de Braga”, apesar disso, não sabe dizer “qual é a influência que pode ter nas outras freguesias de Braga”. “Tenho ouvido, que esta lista independente é assim um bocado de um saco de gatos”, critica.



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c/Elsa Moura

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