Com 22,56% dos votos, o que representa 1.345.575 dos eleitores, o Chega elegeu 58 deputados para a Assembleia da República. Depois de conhecidos os resultados globais, o presidente do partido, André Ventura, afirmou que o Chega fez história ao tornar-se “o segundo maior partido político em Portugal”. Na primeira reação após a noite eleitoral, declarou, “oficialmente e com segurança”, que “acabou o bipartidarismo".

“Podemos assegurar ao país algo que não acontecia desde 25 de abril de 1974”, disse, sublinhando que o Chega superou o PS, “matou o partido de Álvaro Cunhal” e “varreu do mapa o Bloco de Esquerda”.

“Varremos o mapa do país com uma votação histórica em todo o lado”, afirmou ainda. “O Chega não é do sul nem do centro. O Chega é o futuro do Governo em Portugal”, acrescentou.

Sobre os próximos passos no cenário parlamentar, Ventura deixou a porta aberta, mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo executivo. “O Governo de Portugal depende do Chega e só do Chega”, disse.

Questionado diretamente, afirmou apenas que “haverá tempo para falar sobre governo e sobre cenários”. Ainda assim, garantiu que o Chega será “um partido responsável” e “de poder”.