A Juventude Socialista (JS) de Braga vai a votos no próximo mês e terá, ao que tudo indica, dois candidatos à liderança. A data ainda não está fechada, mas é certo que o ato eleitoral vai decorrer até novembro e resultará num novo rosto à frente da JS atualmente presidida por Diogo Cunha.

Dois jovens já apresentaram as suas candidaturas, um deles, André Patrão, apresentando um projeto de "continuidade" ao trabalho realizado no plano recente por Diogo Cunha e um outro, José Freitas, assumindo um projeto "diferente" que não se identifica com o rumo tomado pela JS de Braga nos anos recentes.

André Patrão esteve nos últimos mandatos ao lado de Diogo Cunha. Em conferência de imprensa, esta quinta-feira, disse que a sua equipa quer “mostrar trabalho, empenho, irreverência, ação e sempre que necessário reação”. 

O jovem bracarense garante que o projeto que encabeça vai mostrar que a política “não é para os velhos do restelo” e que a experiência irá chegar com o tempo já que representa uma equipa onde “todos querem trabalhar”. Apelando à união dos jovens socialistas de Braga, André Patrão lembra que “nada se alcança sem esforço coletivo”.

Notando que a atual geração “é a melhor preparada de sempre, com um potencial imenso”, mas com jovens e famílias que continuam a sentir os efeitos dramáticos das crises, o candidato à JS de Braga quer “trazer jovens para o combate e para a construção de oportunidades”.

A lista apresentada por André Patrão, segundo o próprio, é constituída por “jovens de todo o concelho, com autarcas da JS e do PS, de todas as classes sociais, de todas as identidades e de todas as orientações”.

Saudandando a apresentação de uma outra lista, André Patrão sai em defesa do trabalho realizado por Diogo Cunha e a equipa que, em parte, transita para a sua lista, notando que a estrutura fez um trabalho “muito forte, de proximidade aos autarcas e ao partido” com jovens “capazes e dispostos a fazer aquilo que for preciso para melhorar a cidade”.

José Freitas quer ajudar a recuperar a cidade jovem do passado

José Freitas, por seu turno, fala num projeto de quatro anos focado no trabalho em torno da habitação, ensino, trabalho, cultura e ambiente, referindo que atualmente Braga não é a cidade jovem do passado, sobretudo devido ao preço da habitação e ao défice de transportes públicos de qualidade na cidade. 

O candidato da JS de Braga quer também defender um “verdadeiro ensino público”.

O plano da candidatura de José Freitas passa por conhecer os reais problemas dos jovens de Braga, seguindo depois com ações de “criação de projetos” que permitam chegar à Assembleia Municipal e às reuniões de câmara.

Assumindo “algumas divergências” face ao trabalho realizado pela equipa de Diogo Cunha, José Freitas garante que representará uma postura “construtiva” na JS de Braga.

Dizendo estar ao lado de Hugo Pires que perdeu as eleições para a Câmara Municipal de Braga nas últimas eleições autárquicas, José Freitas promete uma equipa “à frente do Partido Socialista” numa postura “irreverente” e de apoio ao agora líder da vereação socialista na oposição no executivo.

Nos cadernos eleitorais deverão constar cerca de dois mil jovens militantes bracarenses.