A Assembleia Municipal de Braga aprovou na passada sexta-feira, em sede de reunião extraordinária, a passagem da Capela de São João da Ponte para a Arquidiocese, em regime de comodato, por um período de cinquenta anos.

Num passado recente, a Capela localizada no Parque de São João da Ponte era reivindicada, em tribunal, pela Arquidiocese, mas o tribunal tinha decidido que o espaço, incluindo a Capela, pertenciam ao município.

A proposta de desafetação passou com 19 votos contra do PS, da CDU, do BE, e da IL, mais um presidente de Junta, e nove abstenções.

Tal como tinha acontecido em sede de reunião de executivo, o tema gerou alguma discórdia entre os deputados, sobretudo do PS e do PSD. Os socialistas, na voz do deputado João Nogueira, alertam que de acordo com o regime proposto, abre-se a possibilidade de venda ou doação, futuramente, mas a questão é desvalorizada pela maioria.

O presidente do Município de Braga, Ricardo Rio, usou da palavra para esclarecer que a proposta votada "não levanta qualquer possibilidade de utilização para outras questões que não aquelas para as quais se destina, o culto religioso.

Recorde-se que na reunião de executivo municipal, PS e CDU votaram contra a desafetação do domínio publico municipal da Capela de São João Baptista, mas o ponto foi aprovado pela maioria de direita.

Os partidos da oposição consideravam que esta não é a melhor forma de defender o interesse público e, por isso, pediram a retirada do ponto a votação, ainda que a coligação Juntos por Braga não tenha acedido por não considerar “justificável que exista outra alternativa”.