Academia 15.04.2024 12H31
Aluno da UMinho cria peça para simular o corpo humano e testar radioterapia
Tese de mestrado de Cláudio Coutinho, aluno de Engenharia Biomédica da Universidade do Minho, teve o apoio do IPO Porto e foi avaliada em 20 valores.
Cláudio Coutinho, aluno de Engenharia Biomédica da Universidade do Minho, criou um fantoma, com base em resíduos orgânicos e inorgânicos. O fantoma é uma peça criada para simular o corpo humano e seus órgãos e testar tratamentos de radioterapia, avaliar a sua eficácia e nível de toxidade para os doentes oncológicos. Por norma, é uma peça “muito cara”, chegando a custar “milhares de euros”. No entanto, a tese de mestrado deste estudante minhoto, avaliada em 20 valores (nota máxima), permitiu reduzir os custos dos fantomas em “cerca de 90%”, uma vez que recorreu a resíduos.
Os fantomas de peças de Raio-X possibilitam obter imagens de raio-X de partes do corpo únicas, por diversas vezes, em diferentes posições, sem o perigo de prejudicar os pacientes.
Com o apoio do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, o trabalho de Cláudio Coutinho, que seguiu o ramo dos Biomateriais, na Escola de Engenharia da UMinho, foi testado, “levou com radiações equivalentes a mais do que um tratamento e aguentou com resultados bastante promissores”, disse à RUM, o estudante.
Ainda que não tenha intenção de permanecer na investigação científica, Cláudio Coutinho lançou as bases para a criação de fantomas de baixo custo para outras partes do corpo.
O trabalho foi orientado por Vanessa Cardoso e Óscar Carvalho, da Universidade do Minho e acompanhado pelo IPO Porto.