O projeto Alta Centralizada da ULS de Braga disponibilizou camas de internamento 6 mil horas mais cedo ao longo do último ano. Por este espaço, com capacidade para acolher 15 utentes em simultâneo, já passaram 2.060 doentes.

Em média, os utentes esperam 3 horas neste local pelo transporte ou familiares e acompanhantes. Este sistema permitiu antecipar a admissão de outros utentes, ou seja, tornar o sistema mais eficiente.

“Se estes utentes não estivessem neste serviço centralizado de altas, o que aconteceria é que eles iriam estar no internamento e outros utentes que necessitassem da disponibilidade de cama para internamento, doença aguda, tratamento ou para cirurgia", teriam de aguardar, ou seja, todo o processo seria atrasado, explica o enfermeiro diretor da ULS de Braga, Gonçalo Alves.

O Hospital de Braga apresenta uma taxa de ocupação média superior a 95%, logo projetos como a Alta Centralizada vêm contribuir para uma maior eficácia do trabalho em rede.

A enfermeira gestora, Ana Paula Rolim, confessa que este circuito permitiu ganhos também na área de cirurgia em que estavam a ser obrigados a cancelar as mesmas devido a falta de camas. Agora, “o doente entra no serviço e vai ter cama quando o utente que está no serviço tiver alta”, refere.

A equipa, disponível das 10h00 às 20h00, é composta por três enfermeiros e três auxiliares. Um trabalho que, de acordo com Ana Paula Rolim, dá mais margem de manobra aos familiares para ir buscar o paciente, diminuindo assim a pressão no momento da alta.

O projeto concretizou resultados positivos para a instituição, por uma maior otimização de recursos, aumento da eficiência na ocupação das camas e, simultaneamente, uma significativa melhoria na humanização dos cuidados prestados.

O projeto Alta Centralizada tem gerado curiosidade por parte de outras unidades locais de saúde. Em breve, serão realizadas pequenas intervenções com vista a melhorar o conforto dos pacientes, nomeadamente, com a instalação de televisões.