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Fotografias: UMinho
Tiago Barquinha

Academia 27.10.2022 16H53

AAUMinho nega apoio a concentração de estudantes no Prometeu

Escrito por Tiago Barquinha
O movimento ‘Onde está a ação social?’, formado por estudantes da academia minhota, tem agendada uma concentração para a próxima quarta-feira.
As declarações de Luís Esteves, porta-voz do movimento, e do presidente da AAUMinho, Duarte Lopes.

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Os estudantes da Universidade do Minho chumbaram uma moção que pedia que a associação académica manifestasse apoio a um protesto relacionado com os problemas do Ensino Superior. O assunto foi discutido na Reunião Geral de Alunos.


O movimento ‘Onde está a ação social?’, formado por estudantes da academia minhota, tem marcada uma concentração para a próxima quarta-feira, às 17h, no Prometeu do Campus de Gualtar. De acordo com o manifesto, que tem como porta-voz Luís Esteves, os alunos “continuam a sofrer com a falta de camas”, exigindo “mais alojamento público para fazer frente aos preços incomportáveis e especulativos dos quartos e residências privadas”.


Outra das preocupações é a oferta da refeição social, que considera “insuficiente”. “Formam-se filas enormes e por períodos prolongados que impedem alunos de almoçar uma refeição variada, equilibrada e completa a um preço acessível, empurrando muitos estudantes a optar por refeições rápidas, de baixo custo e valor nutricional”, pode ler-se.


Além disso, “num quadro em que 30% dos estudantes da Universidade do Minho são bolseiros”, refere, “a bolsa não cobre a maioria das despesas (alimentação, transporte, alojamento ou materiais de estudo)”. O movimento alerta ainda que, “todos os anos, milhares de candidaturas ficam de fora e continuam os asfixiantes atrasos na atribuição e pagamento”.



Presidente da AAUMinho considera que protesto neste momento “não é oportuno”


A moção apresentada pelo aluno de Ciência Política, que pedia, além do apoio institucional, “a facilitação da deslocação dos alunos de Azurém até Gualtar”, foi rejeitada, com 17 votos a favor, 12 abstenções e 53 contra. Entre os estudantes que contribuíram para o chumbo, destaque para os elementos da direção da associação académica.


Duarte Lopes considera que um protesto nesta fase “não é oportuno”, já que os dirigentes estudantis “têm sido ouvidos” pelos decisores políticos. “Eu e a AAUMinho perderíamos credibilidade se disséssemos que essa não é a realidade”, acrescenta, ressaltando, ainda assim, que há ainda várias medidas por cumprir, como, por exemplo, o complemento de mobilidade para estudantes deslocados.


Entre os avanços que, no seu entender, têm sido conseguidos, Duarte Lopes lembra o alargamento das condições de elegibilidade para a bolsa de estudo, assim como o aumento dos valores das bolsas atribuídas aos alunos de mestrado. “Neste momento saber que está prometido para breve uma bolsa de estudo que pague a totalidade do mestrado deixa-nos muito satisfeitos”, especifica.


Luís Esteves lamenta a tomada de posição, classificando como “muito triste” e como "um passo atrás naquilo que é o papel que a UMinho deveria cumprir, dar forças à voz dos estudantes”.

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