Braga prevê afluência de turistas superior a 2019 até ao final do ano

O município de Braga espera que o número de visitantes da cidade ultrapasse os valores anteriores à pandemia até ao final deste ano. Entre janeiro e agosto, registaram-se aproximadamente 300 mil atendimentos no Posto de Turismo de Braga, um acréscimo de 205,38% relativamente ao ano anterior. A estatística foi apresentada esta terça-feira, em comemoração do Dia Mundial do Turismo, como reflexo da retoma da atividade turística no concelho.
A avaliação dos fluxos turísticos é feita através da contabilização dos atendimentos no Posto de Turismo desde o início do ano. Contribuíram para o crescimento registado, sobretudo, os meses de abril, junho, julho e agosto, período em que o número de atendimentos aumentou 22% face ao período homólogo de 2019.
De acordo com António Barroso, do gabinete de apoio à presidência da Câmara Municipal de Braga, este acréscimo do movimento turístico não seria possível sem a dinamização de parcerias feita nos últimos anos. “Sem parceiros, sejam eles entidades públicas ou privadas, não teríamos o sucesso e a atratividade verificados”, notou.
Esbater a sazonalidade é, segundo António Barroso, um dos principais propósitos da Câmara Municipal de Braga. A síntese de resultados estatísticos divulgada pela autarquia revela que a aposta em “atividades culturais e de lazer em períodos de época baixa” tem contribuído para esse objetivo. Neste sentido, o relatório destaca o Campeonato Europeu de Veteranos em pista coberta (EMACI), realizado em fevereiro deste ano, que trouxe a Braga mais de 2 mil atletas de 42 países. O número de visitantes no segundo mês do ano ultrapassou em 90% o valor registado em 2019.
No que aos mercados emissores diz respeito, Espanha, Portugal e França ocupam o pódio. O mercado espanhol perdeu para o português em 2020 e 2021, tendo recuperado o topo da procura turística este ano. Reino Unido, Brasil, Holanda e Itália continuam a ter “bastante expressão” no cálculo geral dos atendimentos. Destaque para o mercado norte-americano que registou um incremento de mais de 700%.
*Por Nuno Diogo Pereira
