Maioria reprova o estado da nação, mas não encontra alternativa ao Governo até 2026 

É um retrato muito crítico do estado da nação, com quase 60% de avaliações negativas e habitação, educação e economia a serem as áreas mais referidas, mas sem que os inquiridos prevejam eleições antecipadas ou alternativa próxima ao atual executivo.

Apesar do diagnóstico negativo, mais de metade dos inquiridos (56%) acreditam que o governo vai manter-se até ao fim da legislatura. É uma subida em relação a maio, quando 44% apostavam em eleições só em 2026.

Pelo contrário, se em maio, 42% acreditavam em eleições antecipadas, agora são só 28%. A maior fatia deste universo de 28%, considera que se o PS for derrotado de forma clara nas eleições europeias, poderá ser esse o momento para eventuais eleições antecipadas.

Questionados sobre se, no caso de uma ida às urnas antes de tempo, o PSD tem condições para ser alternativa ao atual Governo, 54% respondem que “não” (+ 2 pp do que em maio) enquanto 33% consideram que “sim”. Entre estes estão sobretudo eleitores social-democratas e liberais. Mas um quarto daqueles que dizem votar no PSD respondem que “não.”

Habitação, a grande preocupação


Quando avaliam o estado da nação, e colocados perante uma lista de áreas, os inquiridos destacam, pela negativa a habitação, uma das bandeiras do Governo do PS que avançou com o plano Mais Habitação, aprovado ontem no Parlamento, apenas com os votos do PS. Nesta sondagem, 80% dão nota negativa à situação das casas em Portugal. Segue-se a educação (com 62% de opiniões negativas), num ano letivo marcado pelas greves de professores e o braço de ferro entre docentes e Governo e, finalmente, a economia (60% avaliam negativamente) e a saúde (nota negativa de 55%). Com menor expressão, mas igualmente com avaliação negativa, surgem o emprego e a integração das minorias.

No dia em que o primeiro-ministro debate o estado da Nação com os deputados, esta sondagem, pretendeu saber que temas deveriam constar da discussão. Perante os temas nomeados, 29% dos inquiridos escolheram os salários e a produtividade. Outros 24% elegem a inflação e, em terceiro lugar, surge o tema da habitação.

Outros temas como os conflitos entre o Governo e profissionais como os médicos ou os professores surgem abaixo na tabela e em último lugar das preocupações surge a questão da imigração que preocupa apenas 6% dos inquiridos e só o eleitorado do Chega.

A sondagem foi realizada pela Aximage para o JN, TSF e DN, com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre temas relacionados com a atualidade política. O trabalho de campo decorreu entre os dias 6 e 11 de julho de 2023 e a taxa de resposta foi de 76,25%. Foram recolhidas 800 entrevistas entre maiores de 18 anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, obtida através de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género, grupo etário e escolaridade. O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de + ou – 3,5%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem, Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.

c/TSF

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