Linha 4 da campanha eleitoral passou por BRT, metro à superfície e programas eleitorais

Ao quarto dia de campanha, a estrela voltou a ser… O BRT.
É um tema que continua a dividir e a incendiar os candidatos dos únicos partidos que até hoje foram poder em Braga.
Da coligação PS/PAN, António Braga insiste na providência cautelar para travar o projeto e garante que os 76 milhões de euros do PRR podem e devem ser transferidos para habitação. Além disso, apresentou o programa eleitoral, em que volta a puxar a ideia do metro de superfície, recuperando o antigo elétrico de Braga e até passando pelo Arco da Porta Nova, numa primeira linha de Ferreiros ao Bom Jesus, atravessando o centro e a Universidade.
O fogo cruzado em torno do metrobus continuou.
João Rodrigues, da coligação Juntos por Braga não deixou passar em branco e acusou António Braga de agir por impulso e desespero. Para o social-democrata, prometer transferir fundos do PRR é deitar 76 milhões ao lixo.
Enquanto isso, Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, puxou o tema da segurança. Esteve reunido com a PSP e prometeu duplicar os efetivos da Polícia Municipal, criando um novo posto junto à Universidade do Minho e garantindo operação 24 horas por dia.
O Chega manteve a sua tenda de campanha na Praça da República e prepara presença no Mercado Municipal este sábado.
O Bloco de Esquerda anunciou para amanhã distribuição de jornais em Palmeira e Dume, um debate sobre mobilidade na Avenida Central e mais contactos com a população à tarde.
O independente Ricardo Silva jogou literalmente em casa, com uma arruada em São Vítor, que começou nas Enguardas.
Já o Livre usou as redes sociais para lançar um vídeo com Teresa Salomé a defender a reabilitação imediata do Parque das Sete Fontes.
João Baptista, da CDU, veio com a proposta de mudar a central de camionagem para junto da estação de comboios, transformando o atual espaço em habitação pública. Não fecha a porta ao BRT, mas diz que é apenas um passo intermédio até chegar o metro ligeiro.
Francisco Pimentel Torres, do ADN, foi taxativo: é contra o BRT, que considera dinheiro deitado fora. Quer canalizar os fundos para habitação social, reformular os TUB, criar parques periféricos e apostar na Variante do Cávado.
Hugo Varanda, do MPT, puxou a saúde como bandeira. Propõe uma rede de transportes para doentes, vales de transporte para idosos e doentes crónicos, e balcões de apoio ao imigrante nos centros de saúde, com intérpretes e mediadores culturais.
Em resumo: o dia voltou a ser dominado pela guerra do metrobus, a polémica que não larga a campanha eleitoral.
A campanha segue agora para o primeiro grande fim de semana, com agendas intensas de todos os partidos. O BRT continua a ser o tema que divide e aquece a corrida, mas propostas como o metro de superfície, a habitação, a segurança ou a reabilitação dos espaços verdes vão-se juntando à conversa.
