João Baptista critica “propostas demagógicas” dos candidatos à Câmara de Braga

O candidato da CDU à Câmara Municipal de Braga apelidou de demagógicas as propostas dos outros candidatos à autarquia bracarense. João Baptista desafia João Rodrigues, candidato da coligação Jutnos por Braga, a propor a gratuitidade dos transportes públicos,  e criticou, ainda, propostas de campanhas de António Braga, Rui Rocha, Ricardo Silva e Filipe Aguiar.


“Desafiamos o candidato João Rodrigues, que ainda está no executivo, a propor a gratuitidade dos transportes públicos como diz na campanha eleitoral”, afirmou o comunista, em conferência de imprensa, junto ao Centro Coordenador de Transportes de Braga. 

João Baptista, que votou favoravelmente o fim da coroa 2 e o englobamento da coroa 1 dos TUB e a gratuitidade dos transportes para residentes, sublinhou ainda a vontade de que o oponente propusesse essa ideia “já”, para que a CDU vote a favor e a proposta desça, então, à Assembleia Municipal para ser discutida.

“Ao propo-la já, assume uma posição que deixaria de ser demagógica e sim, realista”, acrescenta.

A proposta do PCP da inclusão da Variante do Cávado no Orçamento de Estado, que o candidato João Rodrigues votou contra, mas agora é proposta da sua campanha, também foi assunto.

Para o candidato, a desobstrução desta obra é duplamente benéfica para a cidade desde que “a Câmara assuma a Avenida António Macedo e exija ao Governo uma nova variante”. No entender da CDU, a finalização da Variante do Cávado, por um lado, retira o trânsito do centro da cidade, por outro, a passagem da Avenida António Macedo para a alçada da Câmara Municipal põe fim ao impedimento da alteração do traçado da estrada e abre caminho à linha amarela do BRT.

João Baptista admite ter feito esta proposta à vereadora Olga Pereira, mas “o BRT não avança porque a Infraestruturas de Portugal não concede espaço-canal na variante A-14 existente” e, por isso, continua a ser um argumento da Câmara Municipal e um pretexto para somar a proposta à campanha de João Rodrigues.

Por fim, o candidato da CDU referiu, ainda, a proposta de construção de habitação a preços acessíveis e a fraca idealização dos fundos do PRR para esta matéria. De acordo com João Baptista, a Câmara fez muito pouco sobre esta matéria. “Os valores atribuídos e aprovados aos municípios totalizam 2,32 mil milhões de euros, sendo que Lisboa tem aprovados 284 milhões de euros (ME), Oeiras, 154 ME, Setúbal, 135 ME, Matosinhos, 91 ME e Braga fica-se pela residência universitária com 25ME, muito pouco para uma cidade que se diz a terceira do país”, diz.

Na conferência de imprensa, João Baptista acusou os outros candidatos de terem medidas demagógicas, apontando críticas sobretudo a João Rodrigues que integrando o atual executivo “soma propostas à sua campanha que poderiam ter sido discutidas durante o seu mandato como vereador”.

Quanto ao candidato do Partido Socialista, António Braga, o comunista lembrou a privatização da AGERE, sublinhando as “graves responsabilidades em opções erradas”. O candidato comunista enumerou, ainda, “criação da SGEB” e a “privatização dos espaços de parqueamento à superfície”. Com a devolução destes espaços à esfera municipal, nos dois últimos anos, João Baptista acredita que, agora, “que estamos em período pré-eleitoral”, a proposta de remunicipalização da empresa municipal é demagógica, uma vez que a sua privatização foi aprovada pelo PS. 


Ao candidato Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, João Baptista apontou a “posição contrária” à regionalização, decisão que vai contra o seu desejo de tornar Braga “a capital do Norte”. O favorecimento das PPP, como o caso do Hospital de Braga, e o ataque aos serviços públicos, às funções sociais do Estado e aos direitos laborais são sublinhadas por João Baptista como “uma vontade obstinada” que, concretizadas, “mais fariam Braga aproximar-se de uma república das Bahamas”.

No caso do candidato independente, Ricardo Silva, o espaço Supera ilustra, nas palavras de João Baptista, “as posições ambíguas, ora a favor ora contra”, que demonstrou enquanto presidente de junta na Assembleia Municipal.

João Baptista referiu ainda que o candidato do Chega, Filipe Aguiar, que se apresenta a eleições para “mudar Braga”, se tenha omitido durante o mandato “inteiro”, perdendo a oportunidade de intervir pela cidade na Assembleia Municipal, onde o partido está representado por dois deputados.

Escrito por José Silva Brás

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