Inflação confirmada nos 9,3% em setembro, a taxa mais elevada desde outubro de 1992

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,3% em setembro de 2022, superior em 0,4 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior e a mais elevada desde outubro de 1992, ou seja, em quase 30 anos. A inflação mantém a tendência de subida dos meses anteriores, revela o Instituto Nacional de Estatística esta quinta-feira.

“Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 30 de setembro”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em setembro, o indicador de inflação subjacente (IPC excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação homóloga de 6,9%, taxa superior em 0,4 pontos percentuais à registada em agosto e “o valor mais elevado registado desde fevereiro de 1994”.

“O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) manteve a tendência de subida dos meses anteriores, registando uma variação de 6,9% (6,5% em agosto). A variação do índice relativo aos produtos energéticos situou-se em 22,2% (1,8 p.p. inferior ao valor do mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados apresentou uma variação de 16,9% (15,4% em agosto)”, revela o INE, confirmando o valor de variação do Indice dos Preços no Consumidor apresentado em final de setembro.

A variação mensal do Índice de Preços no Consumidor foi 1,2% (-0,3% no mês precedente e 0,9% em setembro de 2021). A variação média dos últimos doze meses foi 6,0% (5,3% em agosto).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 9,8%, superior em 0,5 p.p. à do mês anterior e inferior em 0,2 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em agosto, a taxa em Portugal tinha sido superior em 0,2 p.p. à da área do Euro).

RTP