Inflação. Confirmada desaceleração para 7,4% em março

Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, confirmando a estimativa rápida de há duas semanas. É uma taxa inferior em 0,8 pontos percentuais à observada no mês anterior, o quinto abrandamento consecutivo na subida dos preços no consumidores e o valor mais baixo desde abril de 2022 . Os preços da energia e dos alimentos abrandam.
A taxa de inflação de março é a mais baixa desde abril de 2022, mês em que se situou em 7,2%.
A desaceleração agora verificada “é em parte explicada pelo efeito de base resultante do aumento de preços dos combustíveis e dos produtos alimentares, verificado em março de 2022”, refere o INE.
O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) registou uma variação de 7,0% (7,2% em fevereiro).
“Face ao mês precedente, são de destacar as diminuições das taxas de variação homóloga dos Transportes e dos Bens alimentares e bebidas não alcoólicas, com variações de -0,9% e 19,6% respetivamente (2,6% e 21,5% no mês anterior)”. Em sentido contrário estiveram os preços do vestuário e calçado.
“Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 31 de março”, refere o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu, para -4,4% (1,9% no mês precedente), primeiro valor negativo desde fevereiro de 2021, e o índice referente aos produtos alimentares não transformados desacelerou para 19,3% (20,1% no mês anterior).
Durante o ano de 2022, o índice de preços no consumidor registou aumentos significativos de preços em grande parte dos produtos considerados na amostra, estando agora a verificar-se reduções das taxas de variação homóloga, em parte como consequência aritmética do denominado “efeito de base”.
Como tal, o INE alerta que a análise do comportamento dos preços ao longo de 2023 deve ter em conta o impacto dos efeitos de base para ser possível interpretar corretamente a evolução das taxas de variação homóloga.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 8,0%, valor inferior em 0,6 p.p. ao registado no mês anterior e superior em 1,1 p.p. ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em fevereiro, esta diferença foi de 0,1 p.p.).
RTP
