Professor e investigador da UMinho espera que a COP30 traga “consensos e soluções concretas”

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, conhecida como COP30, arrancou esta segunda-feira e prolonga-se até 21 de novembro. Pela primeira vez, acontece na Amazónia brasileira, no ano em que assinala os dez anos da assinatura do Acordo de Paris, o acordo que comprometeu quase todos os países do mundo a reduzirem as emissões de gases com efeito de estufa.


O professor no departamento de geografia e planeamento da UMinho, Hélder Lopes, falou à RUM sobre a importância de alcançar “medidas concretas” para a comunidade. Entre elas, que a COP30 consiga “acelerar a implementação energética nos territórios”, “definir rotas financeiras”, “negociar linguagens” e fazer cumprir com o Tratado Global sobre Plásticos, que até ao momento “fracassou”.

O docente demonstrou ainda preocupação face ao Acordo de Paris, que necessita de revisão e uma “ação praticamente universal para dar reposta”. “Sabemos que os EUA vão ampliar a exploração de petróleo e gás e reverter uma série de iniciativas ambientais. É preciso perceber como colocar um contraponto entre aqueles que participam do Acordo e têm um papel fundamental no quadro político”, expõe.

Quanto às questões ambientais e climáticas, para Hélder Lopes não há forma de voltar atrás, nem resolver problemas. A solução passa, na sua ótica, por três etapas: “mitigar”, diminuindo as atividades que contribuem para o aumento das emissões de gases com efeito de estufa; “adaptar” as ações como ter cuidado com plásticos e uso excessivo do automóvel; e “resiliência”, compreendendo que “não é possível solucionar o problema, mas sim minimizar os efeitos”.

Escrito por Marta Ferreira e editado por Marcelo Hermsdorf

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