Greve. Trabalhadores da Braval exigem aumento salarial de 90 euros

Os trabalhadores da Braval, empresa minhota de recolha e tratamento de resíduos, vão estar em greve no dia 1 de agosto. Entre as reivindicações estão um acréscimo mínimo de 90 euros nos salários, bem como o aumento geral de todas as prestações pecuniárias previstas no acordo de empresa em vigor.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) justifica o descontentamento dos funcionários com a quebra no poder de compra, acentuado pelos aumentos da taxa de inflação [atingiu os 8,7 em junho] e do custo de vida, verificados nos últimos meses.
Contactado pela Universitária, Baltazar Gonçalves, coordenador da direção regional do STAL, garante que o aumento de 90 euros corresponde “àquilo que pede a CGTP” e que, nos últimos dois anos, “não existiu qualquer valorização salarial” dos trabalhadores da Braval e da Agere.
O sindicalista quer, ainda, que seja “aumentado o subsídio de alimentação” e recorda que “uma boa parte dos trabalhadores da triagem ganha menos que o salário mínimo nacional porque só trabalham 30 horas e o pagamento é referente a 30 horas e não a 35”.
O STAL propôs, no dia 15 de junho, uma reunião de urgência com a administração da Braval, mas Baltazar Gonçalves garante que “a resposta foi zero”. Além do conselho de administração, o representante sindical responsabiliza os autarcas de Braga, Vila Verde, Amares, Terras de Bouro, Póvoa de Lanhoso e Vieira do Minho, que são os acionistas da empresa, destacando o município liderado por Ricardo Rio, que detém 87% da quota de ações.
Baltazar Gonçalves garante que “os trabalhadores querem mais” e não descarta um possível protesto à porta da Câmara de Braga.
*Por Hugo Costa
