Greve leva à paragem de 46 meios do INEM e 100 chamadas para o 112 em espera

Um total 46 meios de emergência do INEM estiveram parados devido à greve desta segunda-feira, que provocou ainda mais de 100 chamadas para o 112 em espera, anunciou o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH).
“O número total de pessoas a atender as chamadas do 112 aproximou-se de um terço do que deveria ser um turno normal”, adiantou à Lusa o vice-presidente do sindicato, Rui Cruz, ao salientar que esses dados refletem a adesão à paralisação de hoje da administração pública, mas também à greve às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar.
Segundo Rui Cruz, estiveram parados no turno da manhã, que terminou às 16:00, 46 meios de emergência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) em todo o país, a maioria ambulâncias de emergência médica.
Ao que a RUM conseguiu apurar, a greve deixou inoperacional uma das ambulâncias no concelho de Braga. No entanto, não causou qualquer constrangimento.
Estas greves tiveram uma “repercussão muito significativa” nos quatro Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) existentes em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro, o que fez com que “houvesse um número muito diminuído de técnicos a atender as chamadas da linha 112”, avançou o dirigente sindical.
A meio da manhã, “ultrapassou-se a barreira das 100 chamadas em espera que não diminuiu até à hora de almoço”, referiu Rui Cruz, ao apontar o exemplo do CODU de Lisboa, o maior do país, que “tinha apenas quatro pessoas a atender as chamadas, quando devia ter 18”.
“Já tivemos registo de mais 120 chamadas em espera, com algumas delas com tempo de aproximadamente 30 minutos, que são reflexo da carência de técnicos para atender essas chamadas”, referiu o vice-presidente do STEPH, ao adiantar que espera para o turno da tarde efeitos semelhantes aos registados durante a manhã.
c/ Lusa
[notícia atualizada às 17:32]
