Galo de Barcelos e o salazarismo contracenam em peça no Theatro Circo

A relação entre o Galo de Barcelos e o fascismo português é o destaque do espetáculo que sobe ao palco do Theatro Circo, esta sexta-feira. A peça foi escrita pelo dramaturgo norte-americano Robert Schenkkan para o encenador e ator Jorge Andrade e tem lugar na sala principal da sala bracarense, pelas 21h30.

‘Cantar de Galo’ nasce a partir do interesse de Robert Schenkkan pela história de Portugal, em especial do símbolo do galo, “que foi objeto de propaganda do regime de António de Oliveira Salazar”, refere aos microfones da RUM. Através de pesquisas, o autor percebeu como a imagem deste símbolo nacional foi instrumentalizada para fortalecer o nacionalismo português e moldar a imagem cultural do país.

A peça surge como resultado de uma residência, em 2023, como convidado da companhia de teatro ‘Mala Voadora’, dirigida por Jorge Andrade. Para Robert Schenkkan, o público vai lidar com uma história “provocadora, engraçada e maravilhosa”.

Esta narrativa, revela, traz à tona elementos atuais que têm “desafiado democracias ao redor do mundo, com o crescimento e renovação da direita e do fascismo”. “Salazar foi uma lente interessante para olhar para o que está a acontecer no meu próprio país e à volta do mundo”, aponta.

O dramaturgo revela que esta peça faz parte das obras que o autor costuma abordar sobre “crescimento ou queda de movimentos políticos”, que já lhe renderam um prémio Pulitzer. Já para Cantar de Galo, garante que, especialmente o público mais jovem vai ser surpreendido com alguns elementos da relação do animal com o regime Salazarista.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf e editado por Vanessa Batista

c/Maria Carvalho

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