Football Leaks. Rui Pinto condenado pela prática de nove crimes

Rui Pinto foi condenado por tentativa de extorsão, violação de correspondência e acesso ilegítimo. Foram perdoados 11 crimes de violação de correspondência e 68 de acesso indevido.
O Tribunal dá como provado maioria dos crimes da acusação de Rui Pinto, sendo condenado por tentativa de extorsão e acesso ilegítimo, cerca de três anos depois do início do julgamento e após a leitura do acórdão ter sido adiada em julho devido à lei da amnistia.
O Tribunal que julga Rui Pinto dá como provado acessos informáticos à Doyen, FPF, PGR e sociedade de advogados PLMJ. Por isso, o hacker é condenado por tentativa de extorsão e acesso indevido.
A sessão estava marcada para as 14:30, no Juízo Central Criminal de Lisboa, com o coletivo presidido pela juíza Margarida Alves a comunicar a decisão sobre os 90 crimes imputados ao criador da plataforma eletrónica que, em 2015, abalou o futebol nacional e internacional, ao revelar inúmeros documentos confidenciais sobre contratos de jogadores e transferências entre clubes, empresários e fundos de investimento.
Foi ainda em plena pandemia de covid-19, no dia 4 de setembro de 2020, que o julgamento começou no Campus da Justiça, marcado pela vigência das regras sanitárias, por fortes medidas de segurança e pela atenção dedicada por meios de comunicação de diversos países a um caso desencadeado pelas queixas apresentadas pelo Sporting e pelo fundo Doyen em 2015.
O acórdão coloca um ponto final neste julgamento, mas Rui Pinto já sabe que vai continuar em tribunal, na sequência de uma nova acusação do Ministério Público (MP) conhecida em julho. Ao criador do Football Leaks foram agora imputados 377 crimes relacionados o acesso aos emails do Benfica e de outros clubes, Liga, empresas, advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.
(em atualização)
