Festival Curtas de Vila do Conde propõe em julho um retrato dos tempos atuais

O festival Curtas de Vila do Conde propõe-se a fazer, em julho, um retrato dos tempos atuais, no mundo e na produção do cinema, segundo a programação hoje anunciada da 33.ª edição. A competição nacional de curtas-metragens conta com 16 filmes, de “uma geração emergente de cineastas promissores” e realizadores “cuja trajetória o festival acompanha atentamente há três décadas”, lê-se no dossier de imprensa.


Entre os filmes em competição estão “Tapete Voador”, de Justin Amorim, “Vultosos Cumes”, de Diogo Salgado, a animação “Porque hoje é sábado”, de Alice Eça Guimarães, “Noites mais fáceis”, do ator João Pedro Mamede, e “Argumentos a favor do amor”, de Gabriel Abrantes.

Na competição internacional, a escolha do Curtas foi feita a partir de “uma grande diversidade cultural e de origem geográfica” e de um questionamento sobre “o que fazer perante uma realidade em ebulição, perto da rutura”.

O festival destaca a inclusão de documentários dos realizadores ucranianos Sergei Loznitsa, Vitaly Mansky e Mila Zhluktenko, e ainda filmes que abordam os movimentos migratórios, como “Pasta Negra”, de Jorge Thielen Armand, e “Sunset over America”, de Matias Rojas Valencia.

Noutras secções do Curtas, há ainda a que é dedicada a filmes de escola, com “os primeiros passos dos que poderão ser os autores de referência do cinema português”, ou a competição sobre vídeos musicais, que “tem celebrado a convergência dinâmica entre a música e o cinema”.

O festival tinha já anunciado em maio retrospetivas dedicadas ao cineasta norte-americano Whit Stillman, autor das comédias “Metropolitan” (1990), “Barcelona” (1994) e “The Last Days of Disco” (1998), e ao realizador palestino-dinamarquês Mahdi Fleifel, de quem o festival de Cannes exibiu “To a Land Unknown” (2024).

Da realizadora francesa Maureen Fazendeiro, radicada em Portugal, o Curtas Vila do Conde fará a estreia nacional da curta-metragem mais recente, “Les Habitants”, e inclui os filmes anteriores “Black Sun” (2019) e “Motu Maeva” (2014), além da longa-metragem “Diários de Otsoga” (2021), que a autora correalizou com Miguel Gomes.

A secção “Last Film”, focada nas últimas curtas-metragens de cineastas consagrados, propõe filmes como “O velho do Restelo” (2014), de Manoel de Oliveira, “A tremonha de cristal” (1993), de António Campos, e “Scenarios” (2024), de Jean-Luc Godard.

Na Solar – Galeria de Arte Cinemática, o festival apresenta uma exposição da cineasta iraniana Maryam Tafakory, com “projetos fílmicos, performativos e de vídeo, com uma base documental”, que refletem sobre “aquilo e aqueles que são negligenciados e apagados da História”.

Na vertente de cineconcertos, ou projeção de cinema com música ao vivo, este ano destacam-se as presenças dos norte-americanos Lee Ranaldo (ex-Sonic Youth) e John Carroll Kirby e da artista francesa Felicia Atkinson. 


O festival vai exibir mais de 250 filmes, entre os dias 12 e 20 de julho, e terá programação para lá da sala de cinema, nomeadamente debates e oficinas, mobilizando o teatro municipal, a Galeria de Arte Cinemática Solar e o auditório municipal.


LUSA

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Carolina Damas
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