Revolução e transgressão dançam no Theatro Circo

Inspirada no 25 de abril e nas obras de vários autores, o espetáculo ‘Suores de Mel e a Morte Não Terá Domínio’ sobe ao palco do Theatro Circo, esta sexta-feira, como uma expressão de resistência e transformação. O espetáculo de dança tem lugar na sala principal do espaço bracarense, pelas 21h30.

Aos microfones da RUM, os criadores Hugo Calhim Cristóvão e Joana von Mayer Trindade, sublinham que a coreografia incorpora pulsões e desejos humanos, criando um movimento de insubmissão e heteronomia. O espetáculo tem “foco no feminino e traz a energia do revolucionário para a vida íntima e política”, refere Hugo Calhim Cristóvão.

O título, sublinha o diretor, tem uma “dimensão dionisíaca”, no ‘Suor de Mel’, e referências na escrita do poeta galês, Dylan Thomas, em ‘a Morte Não Terá Domínio’, num “ideal político do que acontece agora”. Em cena, segundo Joana von Mayer Trindade, a dança vai transmitir ao público “o prazer que temos a fazer este espetáculo, além de estados, sensibilidade e sensações”.

Os temas debatidos durante o espetáculo “surgem de uma ideia intuitiva do que se quer transmitir”, afirma o responsável. Para Hugo Calhim Cristóvão, o “espetáculo tem motivações políticas”, mas não pretende abordá-las de forma direta nem “substituir o espaço do palco por um espaço de comício”.

A música faz parte da composição cénica, mas sem tirar o protagonismo da dança, “como um elemento dramatúrgico tal como o texto”, sublinha o responsável. “É uma espécie de último mistério que surge no fim e que, depois, é mais um elemento de diálogo com o espectador, um elemento vibracional”, finaliza.

*Escrito por Marcelo Hermsdorf

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